A permuta entre a Prefeitura de São Paulo e as construtoras Setin e Cyrela para viabilizar o Parque Augusta deve render R$ 16,9 milhões a menos do que o esperado pela gestão João Doria (PSDB).
A diferença é apontada em um laudo pedido pela Justiça de São Paulo e divulgado nesta quinta-feira (5) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Em 2017, Doria anunciou acordo para trocar a área de 24 mil m² no centro, na rua Augusta, pela fração de 18 mil m² de uma área pública na zona oeste, na marginal Pinheiros.
Após avaliação, a prefeitura avaliou o terreno da marginal em R$ 186 milhões e o do parque em R$ 137 milhões. Para igualar o valor do negócio, pediu contrapartidas das construtoras, que totalizariam R$ 42,9 milhões.
Caso o acordo seja fechado com valor menor do que o avaliado pela prefeitura, alguns itens podem ser descartados. Esse é o cenário caso sejam adotados os valores da perícia judicial, que avaliam a área de Pinheiros em R$ 164,1 milhões e o Parque Augusta em R$ 138,1 milhões, diferença de R$ 26 milhões e, portanto, R$ 16,9 milhões a menos do que o previsto nas contrapartidas originais.
Ao Estado de S. Paulo, Doria minimizou a redução e chamou os ajustes de pequenos. "Os pequenos ajustes necessários, do ponto de vista de valor, fazem parte até da própria expectativa", disse.
"Diante de todos os laudos já emitidos agora, podemos ter a definição e aprovação final do projeto que vai permitir a implementação do Parque Augusta", afirmou o prefeito, às vésperas de deixar o cargo para a disputa do governo do estado.
Ainda segundo o diário, o tucano afirmou ser perfeitamente possível a execução definitiva do acordo até maio.
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