Prefeitura de SP quer parceria privada para gestão de 22 piscinões

Objetivo dos equipamentos é reduzir os impactos das enchentes na cidade

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Piscinão Bananal na av. General Penha Brasil, na Brasilândia
Piscinão Bananal na av. General Penha Brasil, na Brasilândia - Robson Ventura - 23.nov.17/Folhapress
São Paulo

​​A gestão Bruno Covas (PSDB) quer o apoio da iniciativa privada para reduzir enchentes e seus impactos em várias regiões de São Paulo. Para isso, a prefeitura lança nesta quarta (26) um PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), por meio do qual espera receber, até 10 de dezembro, sugestões de melhorias para a gestão dos piscinões da cidade. Serão aceitas contribuições de pessoas físicas ou jurídicas, nacionais e estrangeiras.

Atualmente existem 22 piscinões municipais, todos colocados à disposição para as parcerias. São eles Anhanguera, Aricanduva, Bananal, Caguaçu, Cedrolândia, Cordeiro, Guaramiranga, Guaraú, Inhumas, Jabaquara, Limoeiro, Maria Sampaio, Olaria, Pacaembu, Rincão, Rio das Pedras, Sharp e Vila Formosa, que juntos totalizam 1.017.665 m².

O edital ainda prevê a criação de outras 15 estruturas para captação de águas pluviais em diversas regiões da capital paulista.

Dentre as ações esperadas em um futuro acordo com a iniciativa privada estão a requalificação, manutenção, conservação e exploração comercial dos sistemas de drenagem urbana. Os interessados em fazer indicações de projetos têm 20 dias para se cadastrarem a partir de hoje.

Além de reduzir enchentes e seus impactos pelos bairros, a prefeitura espera também desonerar a administração com o novo modelo de gestão. No ano passado, segundo dados do município, o valor líquido gasto com as subprefeituras que possuem piscinões foi de cerca de R$ 89 milhões. Este ano, entre janeiro e agosto, esse número já se aproxima de R$ 51 milhões.

​Para a coordenação das subprefeituras, todas as medidas que proponham soluções definitivas ou duradouras para questões de macrodrenagem são bem-vindas neste momento.

As propostas podem contemplar o modo operacional, economia, engenharia e arquitetura dos piscinões. Entre os pontos destacados pela gestão Covas estão: a integração entre os reservatórios, a apresentação de atividades operacionais com diferentes usos, e o atendimento ao volume mínimo de cada reservatório.

Iniciativas que reduzam a capacidade atual dos reservatórios serão vetadas. De acordo com a prefeitura, uma comissão vai analisar os projetos da consulta pública em data futura. As informações sobre o PMI podem ser encontradas  neste link.

O secretário-adjunto de Desestatização e Parcerias, Rogério Ceron, diz que com a iniciativa será possível modernizar e melhorar a gestão dos piscinões.“Queremos receber do mercado soluções para a ampliação da capacidade e eficiência operacional do sistema de reservatórios, além de ideias que possibilitem a exploração de novas fontes de receitas”, afirmou em nota.

Em 2016, antes de assumir o cargo de prefeito em São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou um plano para melhorar a drenagem na cidade. Na ocasião, prometeu a construção de cerca de 20 piscinões e pôlderes (diques com bombas de drenagem). 

O prefeito eleito ainda afirmou que concluiria a construção de piscinões previstos por Haddad, que tinha como objetivo elevar em 50% a capacidade de reservação na cidade. Dos 26 piscinões anunciados pelo petista, dois foram concluídos por ele. A proposta de Doria também pouco avançou.

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