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Circulação de tipo 2 da dengue em 19 cidades põe São Paulo em alerta

Evolução do vírus é mais grave entre quem já contraiu a doença

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São Paulo | Agora

Com a circulação do vírus de sorotipo 2 da dengue em ao menos 19 cidades das regiões norte e nordeste do estado de São Paulo e o consequente aumento de casos, o governo João Doria (PSDB) colocou o estado em situação de alerta.

A evolução desse tipo de vírus é mais grave em pessoas que já contraíram outros sorotipos da doença, segundo o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria Estadual de Saúde, o infectologista Marcos Boulos. Ele diz que a capital e a Grande São Paulo não apresentam casos de sorotipo 2.

No estado como um todo, o os sorotipos mais prevalentes desde 2014 vinham sendo o 1 e o 3.“Desde o ano passado, o vírus tipo 2 já circula pelo país. Neste ano, a situação está mais preocupante. Quando aparece um novo sorotipo, automaticamente se provoca uma confusão imunológica, que é agravada no paciente que já contraiu a doença. Os danos são bem mais severos”, afirmou.

Em todo o estado, até 15 de janeiro, foram registrados 610 casos de dengue. Em 2018, no mês inteiro, 888. Antes, o sorotipo 2 era classificado como dengue hemorrágica. Atualmente, é considerado dengue grave pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

O coordenador afirma que, neste momento, a secretaria tem investido na capacitação adequada do corpo médico. Nesta segunda-feira (28), por exemplo, uma equipe estará em Araçatuba (a 527 km de SP), uma das 19 cidades paulistas com circulação do sorotipo 2.

A Prefeitura da cidade, sob gestão Dilador Borges (PSDB), registrou neste ano, até o momento, quatro casos de dengue. No ano passado, foram 47, sem nenhum óbito.

A administração confirmou que o vírus de sorotipo 2 ainda circula pela região, mas diz que a situação não configura uma epidemia. A prefeitura disse que investe em um “plano de contingência para ações de combate, controle e manejo da doença”.Além de Araraquara, a lista de cidades afetadas (veja abaixo) inclui municípios de grande porte, como Piracicaba e Ribeirão Preto.

Saúde tenta conter chikungunya e febre amarela no estado

O estado de São Paulo se prepara desde o ano passado para tentar evitar um aumento do número de casos de chikungunya e febre amarela.

Transmitido pelo mosquito Aedes aegipty, o mesmo da dengue, o chikungunya pode causar dores severas nas articulações, que chegam a durar meses ou até anos.

No ano passado, 38 mil pessoas foram infectadas no Rio, e o temor é que o vírus chegue com força a São Paulo, onde há muita população suscetível. Para prevenir, é preciso tomar medidas para evitar a proliferação do aedes, principalmente combatendo depósitos de água parada.

Já a febre amarela chegou ao litoral e ao vale do Paraíba. O vírus transmissor da doença circula por meio de corredores ecológicos que, neste momento, levam às duas regiões.

Com as férias, a preocupação é que pessoas não vacinadas contraiam a doença. Até meados de dezembro, ainda era preciso vacinar 16 milhões em São Paulo. A dose leva dez dias para fazer efeito.
 


Cidades do interior de SP com dengue tipo 2

Andradina

Araraquara

Barretos

Bauru

Bebedouro

Catanduva

Espírito Santo do Pinhal

Indiaporã

Ipiguá

Itajobi

Mirassol

Pereira Barreto

Piracicaba

Pirangi

Ribeirão Preto

Santo Antônio de Posse

São José do Rio Preto

Uchoa

Vista Alegre do Alto

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