PM de SP coloca 10 mil agentes a mais nas ruas em operação de volta de feriado

Agentes se concentraram em corredores, terminais de ônibus, rodoviárias e aeroportos

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São Paulo

A Polícia Militar de São Paulo convocou oficiais administrativos e colocou 28.413 policiais nas ruas do estado na última quinta-feira (2), 10 mil homens a mais do que a média em um dia comum.

De acordo com o comandante da tropa, o coronel Marcelo Vieira Salles, a mobilização ocorreu em especial pela volta do feriado de Ano Novo, e os agentes foram concentrados em grandes corredores, terminais de ônibus, rodoviárias e aeroportos.

"Nessa operação, você não vê grandes resultados de apreensão de entorpecentes, por exemplo. O objetivo dela é ordem pública pura, ostensividade, presença policial, demonstração do apoio da instituição", disse. "A presença policial consegue passar uma sensação se segurança e traduzir o trabalho da tropa."

No total, 15 aeronaves foram utilizadas, e viaturas foram posicionadas em 1.932 pontos diferentes. Com isso, 17.876 veículos foram vistoriados e motoristas foram abordados, 785 carros foram removidos, 5.651 infrações de trânsito foram registradas, 19.360 pessoas foram abordadas em ruas e 128 foram presas (26 por tráfico de drogas).

Salles afirmou que a operação, batizada de São Paulo Mais Seguro, deve ocorrer outras vezes no estado e que, desde que assumiu o comando da tropa, em abril de 2018, um contingente desse tamanho não havia sido mobilizado.

Nomeado na gestão Márcio França (PSB), Salles permaneceu no comando da PM com a posse do novo governador, João Doria (PSDB), na última terça-feira (1º). Como secretário de Segurança, foi nomeado o general João Camilo Pires de Campos, do Exército.

Doria quer transformar o combate à facção criminosa PCC a marca de sua gestão e um trunfo para o seu plano de suceder Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República, em 2023 ou 2027.

Nesta quinta (3), o novo governador afirmou em entrevista à GloboNews que vai isolar chefes de facções criminosas para que não tenham contato com outros presos ou com pessoas de fora das penitenciárias. "Serão absolutamente isolados, nenhum tipo de contato", disse.

A mudança, no entanto, está além da caneta do governador e precisa ser articulada em Brasília, já que o cumprimento de pena no regime disciplinar diferenciado, em que os presos ficam isolados, está previsto na Lei de Execução Penal, que é uma legislação federal. A lei estabelece prazo máximo de 360 dias no regime diferenciado (até o limite de um sexto da pena total do condenado).

A gestão elegeu frentes para o combate ao crime organizado, como sufocar o PCC financeiramente, atacando o seu diversificado sistema de lavagem de dinheiro, que inclui postos de gasolina, revendedoras de automóveis e empresas de exportação, entre outros empreendimentos comerciais.

 
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