De executivo com cargos de direção em grandes empresas a pesquisador da educação brasileira: por onde passou, Armando Gonçalves recebeu de seus colegas elogios que vão de “excelente gestor” a “brilhante”.
Economista de formação, Armando fez carreira como executivo, trabalhando em bancos desde os anos 1980, e chegou a ser economista-chefe do antigo BFB e diretor no Itaú Unibanco. Fora dos bancos, trabalhou também em empresas de consultoria em gestão.
Há uns anos, “ele viu que faltava alguma coisa na vida dele”, diz sua mulher, Regina, e resolveu mudar de área: voltou para a sala de aula para estudar educação —Armando já havia trabalhado como professor na juventude, depois de se formar em economia.
Entrou no mestrado em educação em 2016 em Campinas, onde morava na época, e estudou os rankings de avaliação de faculdades brasileiras.
A vocação para a educação era natural, diz Regina. “Foi um pai superpresente, que se dedicava aos filhos de corpo e alma e sabia a importância de uma educação de qualidade”, diz Regina, que ressalta que os filhos seguiram carreiras parecidas com a do pai tamanha a admiração por ele.
Armando continuou sua pesquisa no doutorado: investigou a governança nas universidades privadas mais bem avaliada nos rankings acadêmicos. Mas a pesquisa foi interrompida. Ele morreu no último domingo (9), aos 55, deixando a mãe, a mulher e três filhos.
Uma missa em sua homenagem acontecerá neste sábado (15), na igreja Santo Afonso Maria de Ligório, na zona sul de São Paulo, às 18h.
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