O valor dado à vida e às pessoas era transmitido através das suas obras, sempre leves, positivas e belas.
Antes de se tornar pintora impressionista, Raquel Taraborelli formou-se em Engenharia de Alimentos na Unicamp.
Uma colega da faculdade a convidou para um curso de pintura, que despertou a paixão escondida pela arte.
Até os 20 anos de idade, nunca tinha ido a um museu, o que passou a fazer com frequência após se dedicar integralmente à pintura.
Mergulhada em estudos e viagens para aprimorar sua arte, encantou-se com as flores, a natureza e os impressionistas quando visitou a casa de Monet, em Giverny (França). Inspirada pelo artista, espelhou-se nele ao retratar a própria casa e o jardim.
Raquel nasceu em Avaré (267 km de SP), mas atualmente morava em Sorocaba (99 km de SP).
Sua vida era a pintura. Desde o início da trajetória, pintou cerca de mil quadros.
Os hábitos da artista antes de abraçar as telas, os pincéis e as tintas já estavam enraizados no dia a dia.
"Pela manhã, ela passava pelo jardim, regava as plantas e as flores, e observava o céu. Sua ligação com as plantas era forte, principalmente com as roseiras", conta a filha, a autora e ilustradora Rita Taraborelli, 36.
O olhar de pintora a acompanhava 24 horas por dia. Raquel gostava de ver a beleza em todos os locais. Era caprichosa ao reunir as pessoas em torno da mesa para as refeições.
Espiritualista, acreditava que havia se tornado artista por vontade divina.
Raquel Taraborelli morreu dia 12 de janeiro, aos 62 anos. Divorciada, deixa dois filhos e um neto. A causa da morte não foi divulgada.
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