Chuvas no litoral de SP provocam queda de árvores e deixam ruas bloqueadas

Parte da estrutura de uma marina desabou sobre embarcações em São Vicente; não há registro de feridos

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Santos

O temporal, que provocou alagamentos e caos no transporte de São Paulo, também causou transtornos e atingiu diversas cidades do litoral paulista.

Em Santos (a 72 km da capital), os terrenos em morros estão em estado de atenção. Somente o registro de chuvas entre às 18h deste domingo (9) até às 9h desta segunda-feira (10) representou quase metade da média do índice registrado nos últimos 25 anos no mês de fevereiro na cidade.

Desde a noite de domingo (9), houve nove quedas de árvores e deslizamentos de terra em morros da cidade. A avenida Nossa Senhora de Fátima, que interliga Santos e São Vicente (a 65 km de SP), estava bloqueada na manhã desta segunda para veículos comuns. Ainda há interdição de outras avenidas e ruas na cidade devido à queda de árvore e pontos de alagamento.

Em São Vicente, de acordo com a Defesa Civil, o nível é de atenção. Não há registros de ocorrências, somente de alagamentos que ocasionaram o bloqueio de inúmeras vias da cidade. O mesmo ocorre em Guarujá e Praia Grande, que ainda realiza o levantamento de possíveis ocorrências.

Alagamento na Avenida Barão de Penedo, em Santos
Alagamento na Avenida Barão de Penedo, em Santos - Jardiel Carvalho/Folhapress

Já a cidade de Itanhaém registrou o maior volume de chuvas das últimas 24 horas na Baixada Santista. O temporal causou a queda do telhado de uma marina, a Daipré, localizada no bairro Baixio. De acordo com a prefeitura, parte da estrutura desabou sobre algumas embarcações, mas ninguém ficou ferido.

Moradores da cidade ainda sofreram com alagamentos nos bairros Santa Cruz e Jardim Grandesp. O acumulado das chuvas é de 195 mm no bairro Gaivota, o mais atingido.

Temporal deixa 75 desabrigados no litoral paulista

As fortes chuvas que atingiram o litoral paulista deixaram 75 pessoas desabrigadas e outras 23 desalojadas em Peruíbe (a 141 km de São Paulo).

A maior parte está abrigada no Centro Comunitário Caraminguava. Outras 23 pessoas foram para casa de parentes.

Durante a tarde, o volume de água aumentou por causa da maré alta e canais cheios, sem condições de desaguarem no Rio Preto, ocasionando novos problemas na cidade.

Ao todo, oito escolas ficaram sem aulas. A cidade já registrou um dos maiores volumes históricos no mês de fevereiro. Os bairros Jardim Veneza, com 389,21 milímetros, Parque do Trevo, 405,70 milímetros, e Guaraú, 432,58 milímetros, foram os mais atingidos.

Assim como em maio do último ano, a estrada da Serra do Guaraú foi interditada pelo risco de quedas de árvores e barreiras e segue sem previsão para liberação.

Em Santos, nesta segunda-feira (10), houve atendimentos referentes a deslizamentos de terra no centro e no morro da Penha, com necessidade de interdição de cinco moradias. Quatro famílias foram para casas de parentes e uma para o abrigo da Prefeitura.

Em Guarujá (86 km de SP), duas famílias foram para casas de parentes até que ocorra um período de estiagem de 72 horas.

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