Descrição de chapéu Coronavírus

Em SP, clube reabre com baixa frequência e piscinas fechadas

Hebraica tem medidor de temperatura e jato de desinfecção contra coronavírus

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São Paulo

Com os termômetros marcando 30ºC, a empresária Miriam Grun, 58, jogava beach tennis (uma evolução do frescobol) com o filho, Felipe, 17, ao meio-dia desta terça-feira (7), no primeiro dia de reabertura do Clube Hebraica, em São Paulo, que ficou de mais de três meses fechado pela pandemia do novo coronavírus.

"Vim porque sabia que estaria vazio, estamos seguindo todas as normas, tenho tomado cuidado. Quisemos vir hoje porque porque faz falta fazer atividades assim, ao ar livre", afirma Grun.

Foi a primeira vez que o clube Hebraica abriu aos sócios desde o fim de março, seguindo as recomendações do poder público. As piscinas, academia, ginásios cobertos e teatros ainda estão fechados, mas pistas de corrida e tênis, entre outros espaços abertos, foram reabertos.

Durante todo o dia, 718 dos mais de 18 mil sócios foram ao clube em sua reabertura. Numa terça-feira normal, passam pela catraca em média 2.500 pessoas, mas a capacidade máxima precisou ser reduzida para 40% da lotação durante a retomada.

Para entrar, é preciso passar obrigatoriamente por um medidor de temperatura e por um tubo com spray de desinfecção, além de higienizar as mãos com álcool em gel.

Nessa reestreia não havia sinal de aglomeração. Famílias e idosos caminhavam usando máscaras e, onde era possível, amigos se exercitavam, mantendo a distância uns dos outros.

Na quadra de tênis onde jogava o psicólogo Nelson Bushatsky, 63, as bolinhas tinham marcações: só um dos competidores poderia usar a que era marcada em vermelho, por exemplo. A maior parte das cadeiras onde ficariam os espectadores das partidas também estavam interditadas, para garantir um distanciamento na torcida.

"Fiquei quase quatro meses longe, resolvi com um pouco de bicicleta, caminhada. Agora estou voltando. Mas vejo amigos com muito afã de retornar, é preciso cuidado. Como diz a música do Jorge Ben: 'Prudência, dinheiro no bolso e canja de galinha não fazem mal a ninguém'", diz o psicólogo.

A entrada de visitantes foi suspensa. As mesas do café na entrada foram reorganizadas e estão mais distantes umas das outras. No chão, por todo o clube (que tem 65 mil m²), há sinais que marcam o espaço de 1,8 metro que se deve manter da pessoa que caminha a frente. O clube também instalou em placas e colocou informes nas televisões para orientar o uso de máscaras, lavagem de mãos e outras medidas de prevenção. Há ainda lixeiras exclusivas para o descarte de máscaras e luvas.

Como a academia ainda não pode ser reaberta, algumas bicicletas ergométricas foram colocadas do lado de fora.

Sem dar cifras, o diretor-executivo do clube, Gabriel Milevsky, diz que a Hebraica também teve um impacto financeiro com a pandemia, mas que foi minimizado porque muitos sócios continuaram pagando a mensalidade normal. Não houve demissões, mas os funcionários tiveram a jornada reduzida, e consequentemente o salário.

Frequentado por parte da elite paulistana, durante o fechamento a instituição promoveu transmissões ao vivo em redes sociais com aulas de atividades físicas duas vezes por dia e até conversas com especialistas em saúde sobre a pandemia. O clube criou também uma plataforma online onde também transmitiu filmes e shows, programação rotineira, presencialmente, em tempos normais.

Outros clubes da capital paulista também retornaram nesta terça, como o Pinheiros, o Sírio, o Palmeiras. O Paulistano vai reabrir no dia 20 de julho.

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