Igrejas católicas e clubes sociais sediados na capital paulista retomarão as atividades presenciais a partir desta segunda-feira (29).
A medida também é válida para os estabelecimentos de tecnologia da informação. Os centros paraolímpicos voltarão os treinos em 1º de julho.
Na sexta-feira (26), a cidade de São Paulo avançou para a fase amarela do Plano São Paulo, do governo estadual.
Reforço das medidas de segurança e higiene, uso de máscaras, álcool gel e distanciamento social são obrigatórios em qualquer um dos locais.
Os banheiros e lavatórios deverão ter água, sabão e toalhas descartáveis. Cuidados redobrados com a limpeza das áreas e superfícies de uso coletivo também são exigências para todos. Outra obrigação é separar o lixo com potencial risco de contaminação para o descarte —equipamentos de proteção individual, inclusive luvas e máscaras.
Todos os locais deverão fixar cartazes com orientações sobre as regras de higiene e de distanciamento.
Ao contrário dos clubes, as igrejas e paróquias não estavam fechadas porque não foram inseridas no Plano SP por não estarem classificadas como atividade econômica. No caso delas, o governo havia recomendado a suspensão das missas, celebrações e cerimônias presenciais.
Segundo o protocolo sanitário da Arquidiocese de São Paulo aprovado pela prefeitura de São Paulo, as igrejas poderão voltar às atividades presenciais com capacidade reduzida a 40%, evitar aglomerações, respeitar o distanciamento de 1,5 metro entre pessoas e adequar o horário de funcionamento e atendimento ao público previsto pelo Plano São Paulo.
Ninguém poderá ingressar nos escritórios, cúrias e secretarias sem máscaras de proteção. Nestes ambientes, serão oferecidas pela igreja, se necessário. O mesmo vale para copos de uso pessoal ou descartáveis.
Além disso, os locais também terão que aferir periodicamente a temperatura corporal dos colaboradores e fiéis, e impedir a permanência no ambiente de quem estiver com temperatura igual ou superior a 37,5 ºC.
Quem for de grupo de risco para Covid-19, como idosos e pessoas com doenças preexistentes, por exemplo, estiver ou se sentir doente deverá acompanha as missas à distância, pelos canais da igreja.
As confirmações de casos de Covid-19 deverão ser comunicadas a quem teve contato com o infectado, que receberá orientação sobre a busca por um serviço de saúde.
Cabe às paróquias informar as medidas adotadas para o enfrentamento à pandemia, além da importância da vacinação contra a gripe.
As janelas e portas deverão permanecer abertas para a ventilação natural dos espaços. Fiéis e colaboradores não poderão compartilhar utensílios e equipamentos.
O cardeal Dom Odilo Scherer, da Arquidiocese de São Paulo, recomenda, ainda, que reuniões, encontros de oração e catequese continuem restritos às mídias digitais.
A Prefeitura de São Paulo concordou com a reabertura dos clubes, mas com muitas ressalvas. O termo de compromisso entre o órgão e os presidentes Paulo Movizzo, do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo, e Sérgio Nabhan, da Associação de Clubes Esportivos e Sócio Culturais de São Paulo, foi assinado neste sábado (27).
Os parquinhos, as atividades coletivas (orientadas por instrutores, técnicos e preparadores físicos), quadras poliesportivas, bares, restaurantes e lanchonetes, piscinas e academias permanecerão fechados.
No refeitório dos funcionários, a capacidade deverá ser redefinida e o horário das refeições flexibilizado.
Só poderão operar 50% das catracas de acesso.
A ocupação nos espaços fechados deverá ser limitada para que não haja aglomeração, utilizando como referências seis metros quadrados por pessoa. Nas filas, a distância mínima será de 1,5 metro.
Se necessário, para evitar a superlotação das dependências do clube em horários determinados, o local deverá estabelecer rodízio de dias ou horários para os sócios.
Neste domingo (28) o estado de São Paulo chegou 14.338 mortes —8.280 homens e 6.058 mulheres —e 271.737 casos confirmados de Covid-19.
A doença já se espalhou por 618 cidades paulistas. No dia 18 de junho, 586 municípios tinham casos de Covid-19. Em 360 cidades há pelo menos um óbito.
O estado tem 14.113 internados com suspeita ou confirmação da doença, sendo 8.387 em enfermarias e 5.726 em unidades de terapia intensiva, segundo a Secretaria Estadual da Saúde contabilizou até 10h30 deste domingo.
As taxas de ocupação dos leitos de UTI estão em 67,2% na Grande São Paulo e 65,3% no estado.
A capital paulista tem 150.757 infectados pelo novo coronavírus e 6.945 mortes —o equivalente a 48,43% de todo o estado.
Nos hospitais municipais, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 49%; entre os leitos contratados de hospitais particulares, a ocupação é de 73%.
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