PM de SP é suspeito de atuar em roubos a casas lotéricas na zona leste da capital

Soldado já havia sido preso em 2015 sob a suspeita de participação na morte de dois rapazes rendidos

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São Paulo

Um policial militar de São Paulo foi detido na tarde desta terça-feira (1º) sob suspeita de participar em uma série de roubos na zona leste da capital, incluindo duas casas lotéricas na região de Itaim Paulista.

O suspeito, Jackson Lima Silva, foi detido após moradores acionarem uma equipe da PM. Eles disseram que o homem, visto em atitude considerada suspeita, seria o mesmo que havia roubado lotéricas, em março e maio deste ano, e também transeuntes naquela mesma região.

Lima já esteve preso em 2015 sob a suspeita de ter participado da morte de dois rapazes na região do Butantã, na zona oeste. Os jovens já estavam rendidos quando foram mortos, um deles atirado do telhado de uma casa.

O episódio teve grande repercussão na época. Lima acabou não sendo denunciado. Parte dos policiais, levados anos depois ao tribunal do júri, foi absolvida e, parte, condenada.

Policiais militares suspeitos de matar dois rapazes rendidos na zona oeste chegam para depor no Departamento de Homicídios da Polícia Civil - Reprodução/TV Globo

Durante a revista nesta terça-feira, os policiais descobriram a identidade do colega. Lima estava em horário de folga, portando a arma da corporação.

Como os supostos crimes foram cometidos no horário de folga, o policial foi levado para um distrito. O delegado de plantão decidiu pedir à Justiça a prisão preventiva de Lima e aguarda decisão.

O PM foi solto até a decisão do magistrado e ficará afastado das atividades operacionais. A arma de fogo e a motocicleta utilizadas pelo policial foram apreendidas.

As possíveis vítimas do PM foram convidadas a comparecer na unidade policial.

A detenção do policial suspeito foi comunicada pela própria PM em seus canais de transparência. De acordo com a PM, o policial foi reconhecido como autor de três roubos, a casas lotéricas e um transeunte.

“A Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e, como esse caso bem demonstra, não deixa de agir mesmo quando o suspeito pertence às fileiras da instituição, reafirmando, assim, o seu compromisso de proteger as pessoas, combater o crime e respeitar as leis, sendo implacável na depuração interna. De forma preventiva o PM será afastado das atividades operacionais.”

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