Descrição de chapéu interior de são paulo

Polícia prende três suspeitos por assalto de bancos em Araçatuba (SP)

Homem que deu entrada em hospital de Piracicaba também é investigado

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Araçatuba

A polícia prendeu três suspeitos de envolvimento no mega-assalto que causou pânico e terror na madrugada desta segunda-feira (30) na região central de Araçatuba (a 521 km de São Paulo).

Na ação, uma quadrilha fortemente armada invadiu a cidade, explodiu duas agências bancárias, roubou o dinheiro delas, atirou em uma terceira, fez moradores reféns, disparou bombas e ateou fogo em veículos na fuga.

Ao menos três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas —três delas em estado grave.

De acordo com a Polícia Militar, entre os três presos estão um homem e uma mulher detidos na própria segunda-feira na cidade. Eles teriam confessado que faziam a função de olheiros para a quadrilha.

O terceiro suspeito de envolvimento foi preso na região de Campinas, segunda à noite. Ele foi encaminhado para Araçatuba e segue detido, de acordo com a PF (Polícia Federal). Os agentes federais apuram os ataques pelo fato de os dois bancos roubados (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) serem ligados à União.

Caminhão destruído por incêndio em estrada
Caminhão incendiado pela quadrilha em um dos acessos a Araçatuba - Rosana Battistella

A polícia ainda investiga a possível participação no crime de um homem que deu entrada num hospital de Piracicaba, cidade distante 383 quilômetros de Araçatuba. Ele apresentou ferimentos provocados por armamento pesado.

Os nomes dos detidos não foram divulgados.

Após a ação dos bandidos, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) retirou 40 artefatos explosivos espalhados por 20 diferentes pontos do centro da cidade. Pelo menos cinco foram detonados nesta terça em um ponto isolado na zona rural.

​​Uma nova varredura será feita na região central pela polícia para tentar encontrar mais explosivos. A PM orientou que a população evite passar pelo local até que o trabalho seja concluído.​

Os corpos dos dois moradores de Araçatuba que morreram durante a ação da quadrilha foram velados nesta terça-feira: o empresário Renato Bortolucci da Silva, 38, e o personal Marcio Victor Possa da Silva, 34 (que inicialmente tinha sido identificado pela polícia como entregador).

Pai de Marcio Victor, o investigador de polícia aposentado Genival José da Silva, 61, disse que o filho foi morto por cerca de dez tiros na madrugada de segunda.

"Ele estava em um evento, quando decidiu ir embora com duas amigas. Ao chegar na região do ataque, eles foram abordados pelos bandidos. As meninas correram e conseguiram se esconder, mas ele foi feito refém. Pelas imagens, ele foi colocado no capô do carro branco que aparece nos vídeos. Pela minha experiência como investigador, ele foi executado porque caiu do capô do carro. Ele estava no primeiro carro do comboio e foi executado pelos bandidos dos carros de trás. Acho que se ele estivesse no último carro, não teria morrido."

Além deles, um integrante da quadrilha, que não teve o nome revelado pela polícia, também morreu.

Os quatro feridos seguem internados na Santa Casa. Um deles, de 25 anos, sofreu amputações nos dois pés depois de uma bomba caseira produzida pelos criminosos explodir.

A vítima confundiu o explosivo com um telefone celular, segundo a assessoria do hospital. O homem, que não teve o nome revelado, passava de bicicleta por uma rua do centro quando viu o objeto na calçada e chegou perto, pensando ser um smartphone. Ao tocar, a bomba explodiu.

Nesta terça, pelo segundo dia, a cidade não teve aulas nas escolas, que serão retomadas nesta quarta-feira (1). Segundo a prefeitura, a decisão foi tomada para que as forças de segurança fizessem a varredura à procura de explosivos.

Após finalizar a varredura, os agentes do Gate encontraram 98 artefatos explosivos espalhados nas ruas da cidade, em uma agência bancária e em um caminhão e carros abandonados. ​

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior deste texto identificou erroneamente o empresário Renato Bortolucci da Silva como Roberto. O texto foi corrigido.​

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