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São Paulo vai eliminar bilheterias do Metrô e da CPTM até o fim de 2021

Passageiros poderão comprar bilhete digital por app ou máquinas de autoatendimento; Bilhete Único continua valendo e novo cartão será lançado

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São Paulo

As bilheterias das estações do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em São Paulo devem ser fechadas gradualmente até o final de 2021. No ano que vem, a aquisição dos bilhetes digitais poderá ser feita por meio de aplicativo de celular e em máquinas de autoatendimento nas estações. O Bilhete Único e o cartão Bom continuam sendo aceitos como forma de pagamento da passagem.

As informações foram divulgadas pelo "Bom Dia, São Paulo", da TV Globo, e confirmadas pela Folha. Segundo a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a expectativa é que todas as bilheterias sejam fechadas até o final do ano.

Estações passam a oferecer bilhete em QR code para compra - Secretaria de Transportes Metropolitanos/Divulgação

De acordo com o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, o objetivo da mudança é que a venda de bilhetes seja feitas majoritariamente de forma virtual. "Vamos manter os equipamentos de auto atendimento para ajudar as pessoas que, por causa da informalidade, preferem comprar os bilhetes físicos diariamente", disse o secretário.

A mudança já começa na sexta (8), com a redução do horário de funcionamento das bilheterias das estações Belém, na linha 3-vermelha do Metrô, e Granja Julieta, da linha 9-esmeralda da CPTM. O serviço de guichês estará disponível nos horários de pico: das 6h às 10h e das 16h às 20h.

No dia 15, as bilheterias dessas estações serão desativadas. O calendário com a desativação dos guichês das demais estações deve ser informado em uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda. Os bilhetes físicos adquiridos nos totens de autoatendimento terão validade de 72 horas.

O secretário Baldy afirmou que está previsto o lançamento de um novo cartão de transporte chamado Top que poderá ser usado também na rede de ônibus intermunicipais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) e irá substituir o cartão Bom.

O novo cartão será lançado em alguns dias. O secretário também anunciou que as passagens de ônibus vão poder ser adquiridas com cartão de crédito, mas não deu prazo para isso acontecer.

Segundo o secretário, a ideia é que os cerca de 15% de usuários do metrô e 25% da CPTM que não usam Bilhete Único possam usar a tela do celular para passar pelos bloqueios nas estações após a compra virtual da passagem em QR Code.

Em abril, as bilheterias de 16 estações começaram a vender somente os bilhetes digitais com QR Code. Esse tipo de passagem substituiu o antigo bilhete unitário de papel, chamado de Edmonson.

Com as mudanças, os passageiros vão poder comprar até dez passagens virtuais com QR Code.

Ao lançar o modelo de bilhete virtual, o governo informou que o novo modelo era mais seguro e proporcionava economia de R$ 100 milhões por ano com a emissão dos tíquetes tradicionais.

A economia, segundo Baldy, será possível graças ao cancelamento de contratos com empresas de transporte de valores e manutenção das bilheterias blindadas.

O sistema de pagamento de bilhetes unitários por QR code passou a ser aceito em todas as estações do Metrô e da CPTM em dezembro de 2020, após pouco mais de um ano de testes.

Na época, o governador João Doria (PSDB) afirmou que o novo sistema traria "facilidade e agilidade" aos passageiros da rede metroferroviária e que o modelo ajudaria a reduzir fraudes envolvendo bilhetes de transporte.​

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