Descrição de chapéu Obituário Alceu Sebastião Costa (1946 - 2021)

Mortes: Poeta sensível, foi autor de dez livros

Alceu Sebastião Costa publicou também antologias e foi membro da Ordem da Confraria dos Poetas

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São Paulo

O gosto pela escrita e, principalmente, pela poesia levou Alceu Sebastião Costa a publicar dez livros e várias antologias. A facilidade em costurar as palavras o levou também a ser membro da Ordem da Confraria dos Poetas e ocupar uma cadeira na Real Academia de Letras vinculada à ordem.

Ele morreu no dia 6 de novembro, aos 74 anos, decorrente de complicações após uma cirurgia na coluna.

Nascido em Boa Esperança do Sul, cidade próxima a Araraquara, no interior de São Paulo, Alceu concluiu os cursos ginasial e colegial em um seminário, em São Carlos. Vindo de família humilde essa foi a forma que os pais encontraram para garantir seus estudos.

Imagem em primeiro plano mostra homem calvo sorrindo
Alceu Sebastião Costa (1946-2021) - Arquivo pessoal

Quando completou 18 anos se mudou para a capital paulista para trabalhar. O seu primeiro e único emprego foi na empresa de distribuição de energia elétrica Light (atual Enel). Ele começou no cargo de fiscal de ponto e foi crescendo na empresa até assumir a função de assistente-executivo da presidência. Depois de 30 anos de carreira, se aposentou.

"Nos conhecemos na faculdade de direito e no ano em que nos formamos, em 1979, casamos. Em dezembro, faríamos 42 anos de casados", afirma sua mulher, Elisabeth Sbrana Costa, 74.

A viúva recorda do dia em que se conheceram. Alceu, que havia sido aluno do período da manhã da Faculdade de Direito da USP, tinha acabado de pedir transferência para a Faculdade Metropolitanas Unidas. "Eu era a mais velha da turma do fundão e sempre fui muito brincalhona. Quando ele entrou na classe, eu disse para os meus amigos: vou namorar aquele gordinho. Todo mundo deu risada".

Durante os quatros anos da graduação, eles eram bons amigos. "No último ano de faculdade, eu o pedi em namoro. Ele falou: posso pensar? Pensou e me aceitou".

O namoro começou no início do ano de 1979. Em setembro, ficaram noivos e, em dezembro, casaram.

Elisabeth lembra que ele começou a escrever poesia para ela. "Ele nunca fez os livros para vender. Ele mandava fazer uma tiragem e distribuía para os amigos", afirmou a viúva.

O último poema que ele fez foi sobre a cidade de Serra Negra, no interior de São Paulo, região que ele considerava a sua segunda casa. Em 2013, inclusive, recebeu o título de cidadão do município.

"Ele foi muito querido por todo mundo. Em todos os lugares gostavam dele. Ele estava sempre empenhado em ajudar os outros como podia, com palavras, financeiramente. Era uma pessoa desprendida.", afirmou a viúva.

Desde os 47 anos de idade, Alceu convivia com o mal de Parkinson, mas, segundo Elisabeth, a doença nunca foi um incômodo na vida dele.

Foram as dores que ele passou a sentir na coluna ao andar que o levaram para duas cirurgias em agosto deste ano. Depois dos procedimentos médicos, começaram a aparecer complicações.

Alceu Sebastião Costa deixa a mulher e dois irmãos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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