As arquibancadas do estádio do Pacaembu, que fica na região central de São Paulo, estão sendo parcialmente demolidas. O local é tombado nos órgãos de preservação estadual e municipal.
Segundo a concessionária Allegra, atual administradora do conjunto arquitetônico inaugurado nos anos 1940, as obras visam a ampliação dos banheiros e a criação de camarotes, de um espaço para eventos e de uma área de alimentação, além de dar mais acessibilidade ao público com deficiência ou mobilidade reduzida.
O plano foi apresentado à prefeitura, ao Conpresp e ao Condephaat (os conselhos responsáveis pela preservação no município e no estado, respectivamente).
"As arquibancadas laterais serão reconstruídas com a mesma geometria das originais, conforme projeto aprovado pelos órgãos de preservação do patrimônio histórico e nas secretarias municipais", diz nota da Allegra. Haverá mudanças na parte estrutural do conjunto e nas fundações.
Paulo Coutinho, o engenheiro responsável pelas obras, disse que existe preocupação em se preservar a identidade do estádio. As obras de "reforma, restauro e modernização" foram iniciadas em junho de 2021 e preveem um edifício de nove andares onde antes ficava a arquibancada conhecida como tobogã, que foi inteiramente demolida.
No projeto do edifício divulgado pela Allegra, está previsto ainda um hotel, um centro de eventos e convenções para até 9.000 pessoas e um estacionamento subterrâneo.
Também haverá a criação de um centro de medicina esportiva e restaurantes. A concessionária prevê investir mais de R$ 400 milhões, prometendo "um Pacaembu mais aberto, democrático, inclusivo e plural."
Segundo a Secretaria de Governo da Prefeitura de São Paulo, o projeto apresentado pela concessionária foi devidamente aprovado pelo Conpresp e se encontra sob análise do Condephaat. "Também estão previstas novas passagens de circulação nas arquibancadas, para melhorar o aproveitamento do espaço e controle de fluxo, especialmente em dias de operação do estádio".
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