Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Filha de preso por agredir enteado terá guarda compartilhada entre mãe e avó paterna

Victor Arthur Possobom foi flagrado batendo em menino de 4 anos em Niterói (RJ)

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Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta segunda (19) que a guarda da filha de um ano de Victor Arthur Possobom, preso por agredir um enteado, seja compartilhada entre a avó paterna e a mãe das crianças, Jéssica Jordão Carvalho.

Possobom foi flagrado batendo e sufocando o menino de quatro anos, em Niterói, na região metropolitana do Rio.

A decisão da juíza Jussara Maria de Abreu Guimarães, da 1ª Vara de Família, determinou que Jéssica fique com a filha nos finais de semana.

Homem coloca mão na boca da criança, em aparente tentativa de sufocamento
Câmera de segurança de condomínio mostra Victor Possobom agredindo o enteado de 4 anos; caso ocorrido em fevereiro está sob investigação da polícia e Niterói (RJ) - Reprodução/Circuito interno

Mãe e filha estavam afastadas desde 27 de julho —ela afirma que fugiu do cárcere privado que era mantida por Possobom, mas não conseguira levar a criança. A avó da menina, então, entrou com o pedido de guarda, afirmando que a mãe havia abandonado a menina.

Na segunda, antes da audiência, amigos e familiares de Jéssica realizam uma manifestação em frente ao fórum.

"[O coração] está desesperado, quase parando, mas estou muito confiante de que tudo vai dar certo, que eu vou conseguir sair com a minha filha nos braços daqui, hoje. A melhor sensação de dar um abraço nela no sábado, foi incrível, não consigo explicar em palavras como foi bom passar esse final de semana com ela depois de tanto tempo", disse Jéssica.

Em nota, sua advogada, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que a audiência foi um grande avanço, já que Possobom e a mãe dele teriam impedido o convívio entre Jéssica e a menina.

A defesa da avó não foi encontrada pela reportagem. À TV Globo o defensor de Possobom, Daniel Aguiar, declarou que seu cliente sofre de transtornos psiquiátricos e vem sendo submetido a tratamento.

"Ele tem transtorno comportamental com alternância de momentos de euforia e comportamentos impulsivos. Ele faz uso de medicamentos de controle especial e exatamente no dia dos fatos, em razão de sra. Jéssica [mãe da criança] ter tido também um 'surto' dizendo que iria tirar a própria vida, deixou-o em um estado de completa tensão emocional", afirmou.

Síndico procurou a polícia

As investigações tiveram início após o síndico do prédio em que Possobom morava com Jéssica procurar a polícia. Em depoimento, realizado em fevereiro, ele relatou que câmeras do elevador flagraram o acusado agredindo um menino de 4 anos, filho de Jéssica.

"Câmeras do elevador flagraram Victor pegar a cabeça do menor e imprensar contra a parede do elevador, tampando-lhe a boca para evitar o som dos gritos", diz trecho do relatório policial.

Além disso, o síndico relatou que "moradores e vizinhos já comentaram em tom de reclamação que frequentemente Victor grita com o menor, e por muitas vezes já escutaram o menor aos gritos e berros pelas ofensas sofridas".

Ainda segundo relatório policial, a mãe da criança disse que frequentemente era agredida por Possobom.

"Conta com requintes de detalhes toda a vida de agressão sofrida por ela ao longa da relação conjugal, informando inclusive que sofreu um aborto com conta das agressões praticadas pelo nacional Victor, dizendo também que havia engravidado em decorrência de abuso sexual, e que desconhecia que seu companheiro agredia seu filho".

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