Um dos suspeitos do assassinato de Jonas Lucas Alves Dias, vencedor da Mega-Sena morto na última quarta-feira (14), foi preso pela Polícia Civil. Outros três suspeitos de terem participado do crime, porém, estão foragidos, segundo os responsáveis pela investigação.

Foi detido Rogério de Almeida Spínola, 48. Ele e os três foragidos tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça.

A investigação localizou os suspeitos com ajuda de imagens que registraram o momento em que Jonas Dias, 55, foi abordado pela primeira vez. Também havia câmeras na agência bancária, onde um dos criminosos tentou realizar saques com cartão da vítima.

O anúncio da prisão foi feito pelo governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), em sua conta no Twitter na tarde deste sábado (17).

A vítima, de Hortolândia, interior paulista, foi morta dois anos após ganhar na loteria, e os suspeitos sabiam dessa sua condição, conforme os investigadores relataram.

Dias foi encontrado com sinais de espancamento na manhã de quarta-feira (14), um dia após ter desaparecido, na alça da rodovia dos Bandeirantes (SP-348), altura do Jardim São Pedro, em Hortolândia, a 115 km da capital paulista.

Levado a um hospital, ele não resistiu e morreu.

Dias foi o ganhador do prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena no dia 5 de setembro de 2020. Naquela ocasião, outra aposta também levou o mesmo valor.

Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), o caso foi registrado como extorsão seguida de morte e é investigado pela delegacia de Hortolândia, com apoio da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba.

"Ela [a vítima] foi socorrida no hospital da região, onde não resistiu aos ferimentos e faleceu. Seu irmão, de 65 anos, prestou esclarecimentos e relatou que o homem estava desaparecido havia um dia. A vítima teve aproximadamente R$ 20 mil retirados de sua conta bancária por meio de transferências bancárias e via Pix. O seu cartão de débito também foi levado pelos suspeitos", informou a SSP-SP.

Uma das responsáveis pela investigação, a delegada Juliana Ricci, da Deic de Piracicaba, disse que a vítima estava perto de sua casa quando foi rendida, por volta das 6h do dia 13. Dois automóveis foram utilizados no crime, uma S10 prata e um Fiesta preto.

Segundo a investigação, o grupo de criminosos teria partido de Santa Bárbara d'Oeste, que fica a 22 km de Hortolândia.

Um dos suspeitos havia deixado o sistema prisional em setembro de 2021, e o que foi preso já cumpriu pena por crimes como furto, homicídio, estelionato e lesão corporal. A Folha não conseguiu localizar a defesa do homem detido.