Atirador desportivo reage a tentativa de assalto e fere suspeito na zona sul de SP

Homem registrado como CAC relatou ter sido abordado com esposa e filhas ao sair de farmácia; polícia considerou legítima defesa

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São Paulo

Um homem com registro de CAC (sigla para colecionador de armas, atirador desportivo e caçador) reagiu a uma tentativa de assalto contra sua família e baleou o suspeito na noite de quinta-feira (6) na avenida Bosque da Saúde, na zona sul de São Paulo.

O suspeito da tentativa de assalto, um jovem de 19 anos, foi atingido por disparos e socorrido. Seu estado de saúde não foi informado pelo hospital.

Homem dispara arma em clube de tiro em São Paulo
Homem dispara arma em clube de tiro em São Paulo, em julho - Carla Carniel - 29.jul.2022/Reuters

A policiais militares o autor dos tiros, um homem de 31 anos que não teve a profissão e a identidade reveladas, relatou que saía de carro do estacionamento de uma farmácia quando dois homens o abordaram. Ele estava com a esposa, também de 31 anos, e duas filhas, de 9 e 3 anos.

De acordo com a versão, um dos homens bateu no vidro da janela do carro e, em seguida, abriu a porta do lado do passageiro, onde ele estava sentado.

Baleado, um dos suspeitos foi socorrido para o Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara, zona sul. O outro conseguiu fugir.

A ocorrência foi registrada como legítima defesa e roubo tentado no 16º DP (Vila Clementino). Foi requisitada perícia para o local e para as armas envolvidas.

No país, o número de armas de fogo nas mãos dos CACs chegou a 1 milhão em julho deste ano. Essas categorias têm sido as mais beneficiadas por normas editadas na gestão Bolsonaro (PL) que facilitaram o armamento da população.

O crescimento foi de 187% em relação a 2018, antes do atual governo, segundo dados do Exército obtidos via LAI (Lei de Acesso à Informação) pelos institutos Sou da Paz e Igarapé.

Em 18 de julho, um suspeito morreu e outro ficou gravemente ferido após um colecionador de armas, registrado no Exército, reagir a uma tentativa de assalto a um restaurante no Bom Retiro, região central de São Paulo.

O atirador, um marceneiro de 34 anos, tem documentação da pistola 9 mm legalizada e o porte de trânsito válido até 2024. Com o documento, ele pode transportar uma arma municiada até um clube de tiro —e apenas nesse trajeto.

Os policiais civis que registraram ocorrência consideraram que o marceneiro, embora não tenha porte de arma, agiu em legítima defesa e utilizou os meios necessários para se proteger. Entenderam, assim, que não havia necessidade da prisão em flagrante do CAC.

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