Suspeitos de integrarem grupo neonazista são presos em SC

Segundo a polícia, grupo falava em atacar moradores de rua; suspeitos disseram que não são nazistas

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Curitiba

Seis pessoas de 20 a 30 anos foram presas na última quinta-feira (20) em Santa Catarina sob a suspeita de integrarem um grupo neonazista.

Segundo a Polícia Civil do estado, os integrantes treinavam como usar armas de fogo e tiveram conversas sobre realizar ataques a moradores de rua.

Armas, uniformes e bandeiras nazistas foram apreendidos com os suspeitos - Polícia Civil de Santa Catarina

O grupo usava uma impressora 3D para fabricar as armas, de acordo com a investigação. O equipamento foi encontrado na casa de um dos integrantes que foi preso em maio em São Miguel do Oeste (SC).

De acordo com as investigações, o grupo se intitulava como a ‘Nova SS de SC’, em alusão à organização paramilitar ligada a Adolf Hitler.

Os presos costumavam se reunir em um sítio, no qual usavam coletes e réplicas de uniformes nazistas, disse o delegado responsável pelo caso, Arthur Lopes, da Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância.

Entre os materiais apreendidos, segundo ele, estão roupas e adereços com símbolos nazistas e equipamentos eletrônicos, que ainda vão ser analisados. Além disso, foram encontradas armas brancas e o protótipo de uma carabina.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. O delegado afirmou que durante os depoimentos, eles disseram que as reuniões eram apenas encontros entre amigos e que não tinham interesse em machucar ninguém, nem em usar as armas. Lopes, porém, afirmou que o grupo debatia a compra de munição.

Ainda segundo o delegado, os suspeitos negaram serem nazistas e afirmaram que gostavam da cultura germânica e da estética da SS.

Grupo se reunia em um sítio e fazia vídeos ostentando símbolos nazistas - Reproduçao TV Globo

Os mandados foram cumpridos nos municípios de Florianópolis, São José, Joinville, Maravilha e São Miguel do Oeste.

Entre os presos, estão alunos da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). A instituição disse que colabora com as investigações e que solicitará informações sobre os estudantes presos, "para a adoção das medidas disciplinares cabíveis".

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