Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) prenderam nesta quarta-feira (17) o suspeito pela morte do artista de pagode Leandro da Silva Lauro, 36. Conforme relato das testemunhas que estavam com o músico, ele foi morto por urinar em um muro, atitude que teria irritado o autor dos disparos.
O crime ocorreu em uma praça de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, em 22 de outubro.
Desde então, a polícia procurava o principal suspeito, identificado como Gabriel Barbosa de Abreu, 23. Ele foi preso na rua Amador Bueno, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Até a noite desta sexta-feira (18), ele ainda não havia apresentado defesa, conforme a Polícia Civil.
Após ser preso, ele foi conduzido para a delegacia de Taboão da Serra, onde prestou depoimento nesta sexta. À Folha, o delegado Fábio Siqueira relatou que Abreu confirmou ter atirado em Lauro ao vê-lo urinar no espaço. Em seu depoimento, ele afirmou que era o responsável por cuidar do local.
"A motivação é desproporcional, e o crime é bárbaro. Agora, irá responder por homicídio qualificado", acrescentou o delegado.
A arma utilizada no crime não foi encontrada. Em depoimento, Abreu informou que a jogou em um córrego.
Contra Abreu há um mandado de prisão temporária por 30 dias.
Lauro, que era conhecido como Leandro Smile, tocava violão no grupo de pagode Tô na Boa.
No dia do crime, segundo uma das testemunhas, o grupo escutava música em uma praça, situada na rua Eunara Maria da Conceição, no Jardim Silvio Sampaio, quando Lauro se dirigiu até um muro para urinar.
Pouco tempo depois, um homem desceu do carro, foi em direção à vítima e deu um chute nas suas costas. Os dois, então, iniciaram uma briga.
De acordo com a testemunha, foi possível ver que o homem que iniciou a confusão portava uma arma pequena. Durante a briga foram ouvidos três disparos, sendo que um atingiu a nuca do músico.
Após os tiros, o homem entrou no carro e fugiu. Levado a um pronto-socorro, Lauro não resistiu aos ferimentos e morreu.
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