Descrição de chapéu Governo Lula

Alckmin diz que governo estuda usar moradias em Bertioga para abrigar vítimas de São Sebastião

Vice-presidente sobrevoou áreas atingidas pelo temporal no litoral norte e foi ao navio-aeródromo ancorado no cais da cidade

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Cláudio Oliveira
São Sebastião (SP)

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste sábado (25) que o governo federal estuda usar moradias em Bertioga, na Baixada Santista, para abrigar desalojados da tragédia de São Sebastião, que já deixou ao menos 57 mortos.

Ex-governador de São Paulo em quatro mandatos e atual ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin sobrevoou áreas atingidas pelos temporais do último final de semana no litoral norte paulista, foi ao navio-aeródromo multipróposito Atlântico, ancorado no cais da cidade, e se reuniu com o prefeito Felipe Augusto (PSDB), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e autoridades como a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial).

Corpo de Bombeiros, Exército e voluntários atuam no resgate a vítimas em São Sebastião
Corpo de Bombeiros, Exército e voluntários atuam no resgate a vítimas em São Sebastião - Bruno Santos/Folhapress

A ação de usar imóveis em outra localidade, segundo Alckmin afirmou em coletiva no Teatro Municipal, seria provisória.

"Há 1.500 apartamentos na cidade vizinha, em Bertioga, que estão praticamente prontos. Claro que eles se destinam à Caixa Econômica Federal, pois foi uma parceria entre governo estadual e federal. O Estado entrou com recursos do Casa Paulista. É um programa chamado Entidades. De repente, uma parte disso, pode ser cedida para essas famílias. Vamos conversar com o prefeito de Bertioga e com a Caixa", disse. "É uma emergência. Depois vamos construir as casas necessárias."

Bertioga fica a cerca de 40 km da Barra do Sahy, por exemplo, um dos bairros mais atingidos pelas chuvas em São Sebastião.

Anielle disse que vai se reunir com lideranças quilombolas para entender a situação no litoral norte e que "normalmente as pessoas mais atingidas nessas tragédias são as pessoas mais pobres, as pessoas pretas".

No último dia 20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em São Sebastião e pediu que não sejam mais construídas casas em encostas, como forma de evitar tragédias como a que atinge a região desde o dia 18.

Até aqui, foram confirmadas 57 mortes na tragédia causada pelas chuvas históricas que atingiram o litoral norte paulista. Do total, 53 corpos já foram identificados e liberados para enterro, sendo 19 homens adultos, 17 mulheres adultas e 17 crianças.

As buscas pelas dezenas de desaparecidos foram suspensas por volta das 18h desta sexta-feira (24) por causa da chuva que atinge a região, e retomadas na manhã deste sábado.

Há, ainda, 4.076 pessoas fora de suas casas na região, sendo 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados.

Apesar do clima quente, típico de verão, as ruas da praia de Juquehy, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, estavam vazias quase uma semana após a tragédia que provocou deslizamentos e desmoronamentos na cidade litorânea.

Em reunião na sexta (24), empresários do litoral norte pediram que autoridades revertam, junto ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a orientação para que turistas evitem a região. Os representantes do setor hoteleiro afirmam que os problemas mais graves estão apenas em São Sebastião.

A Polícia Militar anunciou a implantação de bloqueios na cidade para orientar viajantes a retornarem às cidades de origem.

Para restabelecer a atividade econômica na região, o governo estadual lançou uma linha de crédito em que as empresas de pequeno e médio porte poderão financiar empréstimos de até R$ 200 milhões com prazo de pagamento de até cinco anos e carência de 12 meses.

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