Capital de SP tem 2ª menor número de vítimas de assassinato para fevereiro desde 2001

Estado volta a registrar queda no mês após aumento de casos a partir de 2021

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São Paulo

O número de vítimas de assassinato em fevereiro na capital paulista foi o segundo menor já registrado no mês pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), que disponibiliza os dados desde 2001.

No mês passado, 36 pessoas foram vítimas de homicídio doloso —quando há a intenção de matar— na cidade. Considerando somente meses de fevereiro, esse número supera apenas o de 2021, quando houve 34 vítimas.

Em fevereiro de 2019, pré-pandemia de Covid, 48 pessoas foram mortas nesse tipo de crime na capital.

Viatura da Polícia Militar na avenida Rio Branco, na região central da cidade de São Paulo
Viatura da Polícia Militar na avenida Rio Branco, na região central da cidade de São Paulo - Eduardo Anizelli - 2.abr.2020/Folhapress

Em relação a fevereiro do ano passado, o total de mortes reduziu 10%, de 40 para 36. Já na comparação com janeiro, quando 43 pessoas foram intencionalmente assassinadas, houve queda de 16%.

Homicídios dolosos estão em tendência de queda. Há dez anos, em fevereiro de 2013, o número registrado foi de 91. Há duas décadas, em 2003, ocorrem 424 assassinatos no mês.

É também uma tendência observada no estado de São Paulo nas últimas duas décadas, onde os números voltaram a cair neste mês após aumentos registrados em 2021 e em 2022.

A quantidade de vítimas em território paulista caiu de 246 para 241 na relação entre fevereiro deste ano e o mesmo período do ano passado. Em fevereiro de 2020 e de 2021, porém, ocorreram altas. Foram, respectivamente, 218 e 239 mortes dessa natureza no estado.

Sobre a capital paulista, quando considerada a taxa de homicídios dolosos por grupo de 100 mil habitantes, o número deste mês é de 4,43 mortes, o menor no intervalo de 12 meses em 23 anos.

É a segunda vez consecutiva neste ano que esse índice recua ao seu menor patamar histórico no município. Em janeiro, esse indicador ficou em 4,53 e, até então, era o menor registrado desde 2001.

De acordo com a SSP-SP, o recuo ao patamar historicamente baixo foi influenciado pelo resultado do primeiro bimestre do ano, que se encerrou com 74 ocorrências (com 76 vítimas), um recuo 17,78% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse foi o menor total de casos já registrados desde 2001.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública, sob gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), atribuiu a queda dos assassinados aos "esforços das forças de segurança são contínuos e buscam desenvolver e promover políticas públicas para a redução dos índices criminais".

Raquel Gallinati, diretora da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil), afirma que os dados que mostram queda dos homicídios dolosos devem ser observados com cautela, pois não refletem necessariamente a sensação de insegurança vivida pela população que se sente ameaçada pelos crimes contra o patrimônio.

"Quando se fala em homicídios são fatos pontuais, geralmente brigas de bar. O grande problema que a gente enfrenta hoje na segurança pública são crimes patrimoniais", afirmou.

De acordo com dados da SSP, uma pessoa foi vítima de latrocínio na capital paulista em fevereiro deste ano. É um número menor do que o registrado em fevereiro do ano passado, quando 9 pessoas perderam a vida quando foram vítimas de crimes contra o patrimônio, como roubos.

Já o número de furtos voltou a crescer na capital paulista no mês passado, quando ocorreram 19.882, ou 4% a mais em comparação aos 19.115 casos de janeiro.

Na comparação com fevereiro do ano passado, quando ocorreram 15.972 furtos, houve aumento de 24% deste tipo de crime patrimonial.

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