Descrição de chapéu Obituário Sérgio Benedito Portes (1969 - 2023)

Mortes: São-paulino, cativou Boituva com seu alto astral

Eletricista de automóveis, Sérgio Benedito Portes fascinava clientes, amigos e familiares com sua simpatia

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São Paulo

Sérgio Benedito Portes nasceu em 25 de outubro de 1969 na capital paulista, numa família de são-paulinos. Aos 4 anos, ele passou a frequentar o estádio do Morumbi para assistir aos jogos da equipe, levado pelo pai, José Maria Portes, e pelos tios.

Ainda garoto, mudou-se com a família para a cidade de Boituva, a 115 km de São Paulo, de onde nunca mais saiu. Segundo a irmã mais velha, Ivone, 56, a família pensava que Sérgio seria jogador de futebol, por seu amor ao esporte. Menos o pai, que sonhava com o filho seguindo carreira militar na Aeronáutica. Ele, porém, não foi por nenhum dos caminhos.

"Ele engravidou a namorada muito cedo e teve de ir trabalhar, teve que se virar", conta Ivone, destacando que a primeira filha de Sergio, Bruna, nasceu no mesmo mês em que ele completou 17 anos de idade.

Sérgio Benedito Portes (1969 - 2023)
Sérgio Benedito Portes (1969 - 2023) - Arquivo pessoal

Com a filha a caminho, Sergio se casou e continuou cursando elétrica no Senai de Itu, enquanto finalizava o ensino médio. E também passou a trabalhar com o pai em uma empresa da cidade.

Alguns anos depois, o pai abriu uma oficina autoelétrica (a Irmãos Portes) que passou a ser tocada por Sérgio e pelo irmão Célio, cinco anos mais novo que ele.

"Perdemos nosso pai muito cedo, com 49 anos, e todos sofreram, mas o Sérgio foi o que mais sofreu, porque ele era só coração", diz a jornalista Ivone, destacando que naquela época ele acabou separando-se da mulher e levando a filha para morar com ele.

De outro relacionamento, 15 anos depois, nasceu a segunda filha, Vitória, que também passou a viver com ele. "Minha mãe sempre falava que era a mãe dele e das filhas dele também", conta Ivone.

Na rotina do dia a dia, recebendo clientes na oficina e saindo às ruas para socorrer as pessoas que tinham problemas em carros e motos, Sergio passou a ser mais conhecido na cidade. Mas o que cativava mesmo as pessoas era o seu alto astral.

E também seu dom para a culinária. Uma vez por semana, ele costumava se reunir com os amigos, e era sempre ele que ia para a cozinha. Outras paixões eram o cachorro Thor, mestiço da raça yorkshire terrier, e o rock clássico, de grupos como Scorpions, Queen e Pink Floyd.

Sérgio morreu em 18 de abril, aos 53 anos, de infarto fulminante. No dia anterior, ele trabalhou o dia todo, foi para casa, fez o jantar para a namorada, Joseane, foi levá-la para casa e depois retornou.

"No dia seguinte, como minha mãe estava comigo em São Paulo, ele não apareceu na oficina e o Célio achou estranho. Ligou e mandou mensagem, mas não obteve resposta. Então, ele foi correndo até a casa do Sérgio e o encontrou já sem vida", conta Ivone.

A Câmara Municipal de Boituva fez uma moção de pesar em homenagem a Sérgio, que foi enterrado com a camisa do São Paulo, vestimenta que vários amigos usaram para homenageá-lo. "Nunca fui a um velório como o dele, tinha muita gente, parecia uma festa durante a noite inteira. No dia seguinte, no enterro, o velório estava lotado, a rua estava lotada e ainda chegava mais gente", lembra Ivone.

Sergio deixa as filhas Bruna e Vitória; a mãe, Maria Rodrigues Portes; os irmãos Ivone, Vanda e Célio; os sobrinhos Julia, Gabriela e Pedro e muitos amigos.


coluna.obituario@grupofolha.com.br

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