Descrição de chapéu Cracolândia drogas

Após ataques, usuários da cracolândia são cercados por PM e guardas

Onda de violência aumenta o temor de comerciantes da rua Santa Ifigênia, que trabalham com meia porta aberta

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São Paulo

Após uma série de ataques, depredações e saques na tarde desta terça (11), usuários de drogas da cracolândia foram cercados pela GCM (Guarda Civil Metropolitana) e pela Polícia Militar na rua dos Gusmões, entre a avenida Rio Branco e a rua Santa Ifigênia, na região central de São Paulo.

A cena de guerra, com policiais e guardas munidos com armas longas e escudos, chamava a atenção de comerciantes e clientes de um dos maiores polos de comércio de rua da cidade. Alguns comércios funcionavam com meia porta.

Segundo um comerciante da rua Santa Ifigênia, era a quarta vez no dia que precisou fechar. O temor era de invasão e consequente prejuízo com produtos furtados ou danificados pelos usuários de droga.

Grupo de usuários de drogas é cercado por policiais militares e da GCM na rua dos Gusmões, no centro de São Paulo
Grupo de usuários de drogas é cercado por policiais militares e da GCM na rua dos Gusmões, no centro de São Paulo - Ronny Santos/Folhapress

A PM desfez o cerco da avenida Rio Branco por volta das 15h50. Os usuários passaram a caminhar em direção ao bairro de Campos Elíseos. Cinco minutos depois, a GCM desfez seu cerco.

A confusão começou no início da tarde desta terça, quando usuários de drogas depredaram uma viatura da Polícia Militar na praça Júlio de Mesquita. Em seguida, o ônibus foi apedrejado e um caminhão de bebidas, saqueado.

Houve confronto entre usuários e policiais na altura da rua General Osório esquina com a avenida Rio Branco. Usuários confrontaram os policiais, que reagiram com bombas de efeito moral.

Policiais com armas de fogo olham para grupo de dependentes químicos cercados na rua dos Gusmões
Após o cerco policial, os dependentes começaram a se dispensar em direção ao bairro de Campos Elíseos - Ronny Santos/Folhapress

Um grupo de dependentes químicos atacou ao menos seis ônibus, segundo a SPTrans, que gere o transporte coletivo municipal. Vídeos gravados por moradores mostram o momento em que o grupo cerca um dos coletivos e arremessa objetos para quebrar os vidros.

Em outra sequência, usuários correm após atacarem o caminhão de bebidas, que iria abastecer um mercado na alameda Barão de Limeira, na esquina da rua Vitória.

Vítimas dos ataques foram ao 77º DP (Santa Cecília) para prestar depoimento. Alguns relataram à Folha como foi a abordagem e os prejuízos. Duas pessoas foram presas.

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