Descrição de chapéu Folhajus violência

Empresária é suspeita de pagar R$ 70 mil para matar advogada no interior do Ceará

Mulher teve a prisão decretada e é considerada foragida; quatro pessoas foram detidas

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Rio de Janeiro

Uma mulher é suspeita de ter pago R$ 70 mil a um grupo de extermínio para matar uma advogada em Morrinhos (a 208 km de Fortaleza), segundo a Polícia Civil do Ceará.

Empresária do ramo de loterias e suspeita de envolvimento com o jogo do bicho, Maria Ediane da Mota Oliveira, 41, teve a prisão decretada e é considerada foragida da Justiça.

A reportagem entrou em contato por telefone e por email com o escritório de seu advogado nesta terça (17) e quarta (18), mas não obteve resposta.

O crime ocorreu no dia 24 de março. Na ocasião, os criminosos assassinaram a tiros a advogada Rafaela Vasconcelos, 34, e a mãe dela, Maria Socorro de Vasconcelos, 78. De acordo com a investigação, policiais militares faziam parte do grupo de extermínio responsável pela ação.

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Advogada Rafaela Vasconcelos de Maria e a mãe dela foram assassinadas a tiros em Morrinhos, no interior do Ceará, em março - Reprodução

Oliveira virou réu pelo duplo homicídio em decisão da 1ª Vara da Comarca de Marco (CE), no último dia 10.

A empresária é acusada de ter ordenado a morte de Rafaela por interesse amoroso no marido da vítima, um tenente-coronel da Polícia Militar. Outras cinco pessoas, sendo quatro PMs, também viraram réus acusados de terem participado do crime.

Segundo a denúncia do Ministério Público, os policiais militares tiveram participação na logística do crime, sendo responsáveis por monitorar Rafaela e contratar o atirador.

Um sargento da Polícia Militar foi preso em setembro por suspeita de envolvimento no crime. Um outro homem, que não é policial, também foi preso suspeito de ter feito os disparos.

Além deles, o sargento Amaury da Silva Araújo e o soldado Daniel Medeiros de Siqueira foram detidos um dia após o crime. A dupla foi localizada no local onde uma moto preta sem placas, usada nos assassinatos, foi apreendida. Eles negam envolvimento.

A defesa dos policiais afirma que o Ministério Público e a polícia coletaram provas irregulares na investigação do caso. Entre as provas levantadas estão o conteúdo do celular dos agentes de segurança.

A Controladoria Geral de Disciplina, órgão que investiga policiais suspeitos de envolvimento em crimes, apura os fatos na seara disciplinar. Os militares envolvidos permanecem presos.

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