Descrição de chapéu violência

Homem apontado como operador financeiro de milícia é preso no Rio

Detido seria ligado ao grupo de Tandera, uma das três principais lideranças criminosas do estado

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São Paulo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu no final da tarde desta terça-feira (24) em Ramos, na zona norte da cidade, um homem suspeito de ser o operador financeiro de uma milícia chefiada por Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, uma das três principais lideranças criminosas procuradas no estado.

A prisão foi realizada por policiais da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), da Polinter, da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e anunciada pelo governador Cláudio Castro (PL).

"Acabamos de dar mais um golpe duro na milícia", disse Castro.

Carcaças de ônibus queimados na zona oeste do Rio de Janeiro. ao todo, 35 foram destruídos em protestos - Eduardo Anizelli - 23.out.23/Folhapress

O homem preso é André Felipe Mendes, primo de Tandera. Segundo o governador, ele é investigado pela Polícia Civil e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público. Ele foi encontrado com uma escopeta e munições.

"Contra ele havia um mandado de prisão expedido. Repito: Não vamos retroceder no combate a essas máfias que ousam aterrorizar a população", afirmou o governador. O mandado era por organização criminosa, expedido pela Vara Especializada da capital.

A defesa de Mendes não foi localizada.

Também nesta terça, Castro anunciou a criação de um grupo de trabalho com o Ministério da Justiça para investigar a lavagem de dinheiro no Rio.

O grupo terá a participação de representantes de instituições de segurança e controle financeiro, como a Fazenda Estadual, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Na segunda-feira (22), ao menos 35 ônibus e um trem foram incendiados no Rio como resposta à morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, um dos líderes da maior milícia do estado.

A situação deixou o trânsito caótico na zona oeste da cidade, com oito bairros afetados —diversas vias foram fechadas.

Os ataques de milicianos ao transporte público causaram um prejuízo financeiro de cerca de R$ 38 milhões para as empresas. Cada ônibus demora seis meses para ser reposto.

A estimativa é que 2,5 milhões de pessoas foram afetadas pelos incêndios.

Seis pessoas foram presas e serão indiciadas por terrorismo. Outras seis que haviam sido detidas foram liberadas por falta de provas de envolvimento nos ataques ao transporte.

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