Descrição de chapéu indústria

Ministro do Turismo diz que afundamento em Maceió não afeta pontos turísticos

Ritmo de deslocamento da mina da Braskem chegou ao menor patamar desde 28 de novembro, segundo Defesa Civil

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Brasília

O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta segunda-feira (4) que o afundamento da mina da Braskem em Maceió (AL) não afetou nenhum ponto turístico da capital, e que os turistas devem manter suas programações.

"Não há nenhum aparelho turístico na cidade que está sendo influenciado pelos afundamentos. A Avenida Litorânea, as praias da cidade, o aeroporto da cidade, os hotéis que ficam ali nos principais atrativos turísticos da cidade de Maceió, nenhum deles tem sofrido qualquer consequência dos afundamentos", disse.

Área evacuada no bairro Mutange, em Maceió, onde uma mina da empresa Braskem está em risco de colapso - Jonathan Lins - 1º.dez.2023/Reuters

"Sem dúvida nenhuma é um dos lugares mais bonitos do Brasil a ser conhecido, então mantenha a sua viagem. Se você está pensando ainda em ir para Maceió, mantenha os seus planos, vá conhecer e fazer turismo no Brasil, especialmente em Maceió."

A declaração do ministro do Turismo ocorreu após reunião no Senado com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e o presidente em exercício do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), seu aliado político no estado.

"Temos como obrigação informar também as pessoas que querem buscar Maceió como seu destino de lazer, de férias, que a área de infraestrutura turística não sofreu qualquer tipo de abalo. Que a área afetada é afastada da área turística. Por lá, nem os moradores passam", disse Cunha.

O prefeito de Maceió afirmou que a velocidade de afundamento da mina chegou ao menor patamar nesta segunda desde 28 de novembro. Segundo a Defesa Civil da cidade, o ritmo na Mina 18 passou de 5 centímetros por hora para 0,25 cm.

O solo da mina 18 da Braskem que fica no bairro do Mutange, em Maceió, afundou 1,69 m desde o início do monitoramento, em 28 de novembro, até este domingo (3), de acordo com a Defesa Civil do município. A região passou a ser monitorada devido aos novos abalos sísmicos nesta semana que gerou risco iminente do colapso.

A Defesa Civil permanece em alerta máximo e mantém a orientação para que a população evite transitar na área desocupada.

Dados de monitoramento da mineradora demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização, o outro é uma possível acomodação abrupta do solo.

O abalo sísmico foi ainda mais forte que o registrado na noite de sexta (1º), que teve magnitude 0,39. Desta vez, o órgão diz que o evento ocorreu a 300 metros de profundidade.

O sinal de alerta foi aceso na última quarta-feira (29), quando Defesa Civil de Maceió alertou que uma mina da Braskem estava em risco iminente de colapso.

A população que mora próximo à área atingida foi orientada a deixar o local e procurar abrigo, e a prefeitura decretou estado de emergência por 180 dias.

Os primeiros alertas sobre os danos no solo aconteceram em meio de tremores de terra no dia 3 de março de 2018. Na ocasião, o tremor fez ceder trechos de asfalto e causou rachaduras no piso e paredes de imóveis, atingindo cerca de 14,5 mil casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais nos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.

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