Descrição de chapéu Folhajus

Governo de MG vai investigar procurador suspeito de cuspir em funcionária de cinema, diz Zema

Bruno Resende Rabello é servidor da Advocacia-Geral do Estado; procurado, ele não respondeu

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Belo Horizonte

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que determinou a abertura de investigação contra o procurador Bruno Resende Rabello, da Advocacia-Geral de Minas Gerais. Ele é suspeito de agredir uma funcionária de uma rede de cinemas por ela não ter levado a pipoca até ele no interior da sala de exibição.

"Em meu governo não toleramos qualquer forma de violência ou conduta imprópria. Determinei a abertura de sindicância administrativa para investigar o excesso cometido por um advogado da AGE-MG, em possível violação dos normativos da carreira e do Estatuto do Servidor Público", escreveu Zema nas redes sociais.

Procurado pela reportagem, Rabello não respondeu. Ele atua na Procuradoria de Direitos Difusos, Obrigações e Patrimônio do estado. Em maio, sua remuneração bruta foi de R$ 35,8 mil.

O caso aconteceu na última segunda-feira (8), em um shopping da região central da capital mineira.

A funcionária disse à Polícia Militar que chegou à recepção com um pedido de outro cliente quando viu o procurador batendo na porta exigindo o refil de sua pipoca.

Ela então lhe entregou a pipoca, e Rabello teria reclamado que o refil deveria ter sido levado até ele na sala de cinema. A funcionária disse ter explicado que aquele não era o procedimento, e o homem teria dito que ela deveria fazer o que ele mandava, ainda de acordo com o relato da mulher aos policiais.

Rabello passou a filmar a funcionária, que disse que não autorizava a gravação. Ele então a chamou de incompetente, cuspiu e tentou agredi-la três vezes, conforme registrado no boletim de ocorrência.

Reprodução de câmera de segurança mostra procurador tentando agredir funcinária de cinema em BH
Câmera registrou agressões de procurador contra funcionária de cinema em Belo Horizonte - Reprodução

O gerente da loja chamou a polícia, mas o procurador já havia deixado o local. Ele foi identificado depois pelo CPF que constava na nota de compra da pipoca.

Procurada, a Advocacia-Geral afirmou que "não compactua com eventuais desvios de conduta de quaisquer de seus integrantes, ainda que fora de suas atribuições institucionais, preservado o direito ao contraditório e à ampla defesa".

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