Descrição de chapéu Obituário Ilse Riehs Giacomini (1962 - 2024)

Mortes: Tinha risada contagiante e talento para decoração

Tempo ruim, tristeza ou momentos difíceis não eram páreo para Ilse Riehs Giacomini

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São Paulo

Quando tomava uma cervejinha, Ilse dava umas gaitadas irresistíveis para o resto do povo, que se juntava às gargalhadas. Seu riso alto e amplo também acordava quem estivesse tirando um cochilo por perto.

Natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a gaúcha Ilse Riehs nasceu em 1962, única mulher entre os quatro irmãos. A típica infância no interior, repleta de brincadeiras, era lembrada por ela com muito carinho durante as reuniões em sua casa em Formigueiro (RS), terra dos Giacomini, família do marido.

A imagem mostra uma mulher de cabelos castanhos e ondulados, usando óculos escuros e brincos grandes. Ela está vestindo uma blusa branca e uma alça marrom. Ao fundo, há um porto marítimo com vários barcos e iates ancorados, além de um mar azul claro sob um céu limpo.
Ilse Riehs Giacomini (1962 - 2024) - Arquivo pessoal

O bom humor, conta Luiz Celso Giacomini, 75, não deixava espaço para nenhum contratempo, e no coração havia espaço de sobra.

Sobrinha de Celso, a jornalista Milena Giacomini, 30, afirma que, por ter perdido o pai pouco antes de seu nascimento, passou a ver no tio "Duca" uma figura paterna. Coube também a Ilse um papel fundamental nesse laço familiar. "Ela me acolheu com muito carinho e muito amor."

Claro, com as brincadeiras. Como a tia fazia palavras cruzadas, Milena, no começo da adolescência, começou a praticar o jogo. "Ficava horas e horas. Ela aparecia atrás de mim e eu nem via, tomava um susto quando ela começava a soprar as palavras."

Apesar da formação em farmácia, Ilse trabalhou pouco tempo na área, segundo Celso, e se descobriu uma exímia designer de interiores, profissão que tocou em parceria de mais de 30 anos com o irmão mais novo, Alfredo Riehs. "Era sua verdadeira paixão", diz o marido.

Além de participações em eventos como o Casacor RS e a mostra Portobello, Ilse divulgou seu trabalho em diferentes países. Viajar, aliás, era outra de suas paixões. Ela morou um ano em Londres e outro em Paris, capital de seu destino favorito, a França. No pódio das viagens preferidas, o país era seguido por Itália e Grécia.

Ilse passaria a aplicar seu dom para a decoração nas festas de aniversário da filha, Elena Riehs Giacomini, 21, conta a sobrinha Milena. "Tudo em que ela tocava era de muito bom gosto. Para minha festa de 15 anos ela disse que faria uma ‘coisinha’, que envolveu todos os meus amigos, minha prima fotógrafa, Camila Mazzini, e tudo."

Pela filha, Ilse também topou adotar uma cachorra, Ashanti, e superou com amor as crises de rinite devido aos pelos do bicho.

Ilse Giacomini morreu em 31 de julho, aos 62 anos, em decorrência de um câncer de pâncreas. Ela deixa a filha, Elena, e o marido, Celso.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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