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MEC quer reforço on-line para cotistas das universidades federais
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FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
O site Khan Academy, iniciativa norte-americana que oferece aulas gratuitas na internet, pode servir de modelo para o reforço que novos cotistas terão ao ingressarem nas universidades federais do país.
O Ministério da Educação quer reproduzir o modelo, ao mesmo tempo interativo e individualizado, para garantir que estudantes da rede pública beneficiados pela nova lei de cotas acompanhem o ritmo das aulas no ensino superior.
Segundo o ministro Aloizio Mercadante (Educação), essa proposta já é adotada na Coreia do Sul, e tem se mostrado positiva.
"[O aluno] aprimora aquilo em que tem mais deficiência, assistindo aulas de reforço, fazendo os exercícios. Além da tutoria, a médio prazo nós queremos criar um programa semelhante a esse da Coreia, que está sendo muito bem avaliado como experiência de reforço pedagógico para a universidade", afirmou nesta terça-feira.
DECRETO
A presidente Dilma Rousseff deve assinar amanhã decreto que regulamenta a lei de cotas, sancionada há dois meses. A intenção é esclarecer as novas regras, que valerão para o vestibular do fim do ano.
"O aluno que disputa cota tem o direito de disputar a concorrência geral fora da cota. Nos primeiros quatro anos, a cota é só 12,5% [ao ano]. A partir dos quatro anos, cada universidade vai fazer o seu ajuste", exemplificou o ministro.
Mercadante garantiu ainda que as universidades darão prioridade aos novos cotistas para acesso à assistência estudantil.
HISTÓRICO
A lei sancionada há dois meses pela presidente Dilma Rousseff determinou uma reserva de 50% das vagas nas 59 universidades federais para alunos que estudaram todo o ensino médio na rede pública de ensino.
Paralelamente, esses estudantes devem ser negros, pardos ou índios. A divisão entre as raças irá considerar o tamanho de cada uma dessas populações segundo o último censo do IBGE.
Caso as cotas não sejam preenchidas por alunos com esse perfil, serão ocupadas por estudantes brancos e amarelos que cursaram o ensino médio nas escolas públicas. Do total de vagas reservadas, 25% serão destinadas a alunos carentes, que tenham renda familiar de até um salário mínimo e meio.
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