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Desempenho de cotistas no Sisu é próximo da média, diz ministro
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FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
A pontuação dos estudantes que se candidataram a uma vaga no Sisu (Sistema de seleção unificada) por meio das cotas é muito próxima da média dos demais estudantes inscritos até agora no portal.
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"O desempenho dos cotistas até este momento é muito próximo [da média geral]", disse o ministro Aloizio Mercadante (Educação). De acordo com levantamento da pasta, a pontuação dos alunos cotistas --ou seja, que estudaram todo o ensino médio na rede pública de ensino-- não é distante da nota alcançada pelos demais candidatos, seja em cursos disputados, seja em cursos de menor concorrência.
A nota de corte do curso de medicina na UFC (Universidade Federal do Ceará) para a ampla concorrência, por exemplo, era de 783 pontos até a manhã de ontem --essa é uma das graduações mais concorridas nesta edição. Entre os alunos que se declararam pretos, pardos ou indígenas e que cursaram integralmente o ensino médio em escola pública, essa nota era de 763,86 --2,44% menor do que a nota de corte da concorrência geral.
Entre aqueles que também cursaram a rede pública no ensino médio, mas que não pertencem a essas raças, a pontuação era de 774,26.
"Isso não pode levar nem as universidades nem o MEC a uma acomodação", ponderou o ministro. Na avaliação de Mercadante, os novos bolsistas terão desempenho semelhante aos alunos da rede privada nos primeiros dois anos de implementação da lei, sancionada no ano passado.
"Se num primeiro momento a nota é muito próxima, quando for crescendo [a presença de alunos da rede pública nas federais] a discrepância pode aumentar", reconheceu o ministro. Para evitar esse cenário, Mercadante disse que a pasta investe em políticas como distribuição de tablets para docentes do ensino médio e maior difusão do conteúdo dado em sala de aula.
A nova lei de cotas, que entrou em vigor neste semestre, prevê que as universidades e institutos federais reservem 50% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública, com distribuição proporcional das vagas entre negros, pardos e indígenas.
A lei determina ainda que metade das vagas reservadas às cotas sociais --25% do total da oferta-- sejam preenchidas por alunos que venham de famílias com renda de até um salário mínimo e meio per capita. As instituições têm quatro anos para se atingir o percentual.
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