Descrição de chapéu Vestibular no meio do ano

Disciplina e foco são as principais ferramentas para estudar em casa

Educadores recomendam atenção especial para matérias em que há maior dificuldade

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Helena de Lima, 19, estudante do primeiro ano de artes visuais no Centro Universitário Belas Artes
Helena de Lima, 19, estudante do primeiro ano de artes visuais no Centro Universitário Belas Artes - Keiny Andrade/Folhapress
Lídia de Santana
São Paulo

Dados da Fuvest, um dos mais concorridos vestibulares do país, mostram que o número de candidatos aprovados e matriculados que declaram não ter feito curso preparatório vem crescendo. Oscilou de 41,2% em 2015 para 42,1% no ano seguinte. E chegou a 44,9% em 2017, considerando todas as carreiras.

Passar direto do ensino médio para a universidade requer plano de estudos e disciplina. Reservar cerca de 20 horas por semana para estudar, com horários e conteúdos bem determinados, ajuda a não se desviar do caminho.

Educadores recomendam foco nas matérias em que haja maior dificuldade. Para quem opta por uma carreira da área de exatas, as matérias de humanas podem ser o diferencial para a conquista da vaga.

“Com base no histórico escolar, o vestibulando sabe quais áreas representam o maior desafio”, afirma Claudio Giardino, diretor do Grupo de Escolas Elvira Brandão-Oswald de Andrade.

Hoje no primeiro ano da Faculdade de Direito da USP Matteus Borelli, 18, diz ter feito exatamente isso para entrar direto no curso. “Foquei nas matérias em que tinha mais dificuldade, matemática e física, e treinei todos os temas de redação dos vestibulares da Fuvest desde 2011”, diz.

A estudante Helena de Lima, 19, que faz o primeiro ano de artes visuais na Belas Artes, usou a mesma fórmula. “Fiz muitos exercícios, principalmente das matérias de exatas que acho mais complicadas.”

Para Helena, o hábito de anotar durante a aula e fazer resumos dos conteúdos e o foco nas atividades de produção de texto contribuíram para a conquista do seu objetivo. 

A redação é fundamental na maioria dos vestibulares. Em alguns pode valer de 20% a 30% da nota. Quem estuda sozinho pode pesquisar na internet os temas de vestibulares passados e ler as redações que alcançaram as melhores notas.

“Para treinar, o vestibulando deve fazer ao menos uma redação a cada 15 dias”, diz Pedro Tineo, coordenador pedagógico do Cursinho Poli-USP. 

Mas essa redação precisa ser corrigida. Uma alternativa para quem estuda sozinho é buscar um professor de cursinho popular. “Mesmo que tenha de pagar por esse trabalho, é um investimento que vale a pena”, afirma Tineo.

Outra recomendação valiosa para o estudante solitário: treine simulados. “Imprima os simulados disponíveis na internet, responda e preencha o gabarito como se estivesse fazendo o vestibular para valer. Confira as respostas e refaça todas as questões que errou”, diz Giardino.

Para conquistar uma vaga em administração pública na FGV, a aluna do primeiro ano Mariana Messas, 18, conta que estudava cerca de quatro horas por dia. “Incluí muitos simulados em minha rotina, e isso ajudou bastante”, diz.

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