Secretário de Covas diz que condições para currículo serão melhores em 2019

Professores reclamaram que faltou formação e houve atraso de materiais em 2018

São Paulo

O secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, afirmou nesta terça (4) que as escolas da prefeitura estarão mais bem preparadas em 2019 para desenvolver o novo currículo da rede, iniciado neste ano. 

O titular da gestão Bruno Covas (PSDB) disse que haverá mais formação a professores e gestores, entrega no começo do ano de todos os materiais didáticos e que já haverá mais professores disponíveis do que no começo deste 2018.

Reportagem da Folha, publicada nesta terça, acompanhou este ano letivo na rede municipal, que inaugurou a implementação do novo currículo municipal. 

 

Professores e gestores elogiaram o documento, por deixar os conteúdos mais integrados (em matemática, por exemplo, as operações de mais e de menos devem ser ensinadas juntas com a ideia de multiplicação e divisão).

Por outro lado, reclamaram que não tiveram formação (apenas 15% receberam instruções presenciais) e que os cadernos de atividades para os alunos chegaram com o ano já em andamento. 

Outro problema que chamou a atenção na rede foi a rotatividade de professores e diretores. Um 2º ano de escola na zona leste teve quatro docentes no ano, por exemplo.

Levantamento da Folha mostrou que, dos professores que começaram o ano letivo, 20% já não estavam no colégio quatro meses depois (considerando toda a rede).

A Secretaria de Educação informou que em 2017 e 2018 houve as maiores chamadas de novos professores desde ao menos 2012. Isso deixa as escolas mais preparadas para fazer as substituições de docentes que venham a faltar, sair de licença ou deixar o cargo.

Schneider afirmou que, em 2019, se houver falta de docentes, será algo pontual.

O secretário disse também que os cadernos de atividades aos alunos estarão nos colégios no começo do ano letivo e que mais professores serão formados (para que ensinem os colegas a aplicar o novo currículo).

Os docentes de matemática e ciências passarão por capacitação especial, desenvolvida pela Universidade Stanford (EUA). A implementação do currículo nessas áreas foi considerada como a mais difícil pela equipe da secretaria.

"Este foi um primeiro ano de implementação, nenhuma rede consegue começar um novo currículo a pleno vapor", afirmou.

A partir de 2019, as escolas públicas e particulares de todo o país deverão começar a alinhar seus currículos, determina uma regra federal. A rede paulistana foi a primeira a adotar a política.

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