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USP reabre para aulas presenciais, mas ensino remoto continua sendo a regra

Retorno só será permitido para estudantes que estejam com o esquema vacinal completo

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São Paulo

Depois de mais de 18 meses praticamente vazia, a USP vai voltar a receber alunos. A partir desta segunda-feira (4), as aulas presenciais estão autorizadas novamente nos campi da universidade, mas apenas para quem já completou seu ciclo de vacinação.

Como a maioria dos estudantes ainda não está completamente imunizada, as faculdades decidiram continuar com o ensino remoto.

É a primeira vez desde março de 2020 que as unidades estão autorizadas a receber os alunos para atividades presenciais de todos os tipos. Até então, elas só podiam ficar abertas para o ensino prático, em laboratórios, por exemplo.

Para entrar no restaurante no campus paulistano da USP é necessário mostrar passaporte da vacina e medir a temperatura - Bruno Santos - 4.out.2021/Folhapress

O governador João Doria (PSDB) liberou no início de agosto a reabertura dos estabelecimentos de ensino superior do estado, com um limite de 60% dos alunos. No entanto, as três universidades públicas estaduais decidiram que o retorno só iria ocorrer após a imunização completa de seus estudantes.

Assim, a reitoria da USP só autorizou o retorno para as atividades presenciais de alunos e professores que já tiverem completado o ciclo de vacinação contra a Covid —ou seja, quem tomou imunizante da Janssen, de dose única, ou recebeu duas doses de outro fabricante. Para frequentar os campi da universidade, a pessoa terá que apresentar o passaporte da vacina.

Apesar da autorização, a reitoria diz que as unidades têm autonomia para decidir sobre qual modelo adotar para o ensino e o calendário acadêmico.

A estimativa é de que apenas cerca de 15% dos 59 mil alunos de graduação já estejam com o esquema vacinal completo. Por se tratar de um público mais jovem, a expectativa é de que a maioria só esteja com as duas doses em novembro.

Por isso, as maiores unidades da USP decidiram manter o ensino remoto. É o caso da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), que tem o maior número de matriculados. A direção decidiu manter o ensino online até o fim do ano.

Além da segurança dos alunos, a faculdade também identificou a necessidade de adaptação das salas de aula para o retorno, o que não poderia ser feito até outubro.

O mesmo foi definido pela Faculdade de Direito. A direção destacou que 40% de seus alunos são de fora de São Paulo, o que dificultaria o retorno presencial neste momento. Também argumenta que os estudantes só devem estar com a imunização completa em novembro, período em que o semestre já está em encerramento.

A FEA (Faculdade de Economia e Administração), IME (Instituto de Matemática e Estatística) e a Poli também decidiram não retornar neste momento. Em todas as unidades, desde o início do ano, os laboratórios e bibliotecas estão abertos para os alunos, com controle de presença.

Nos campi do interior, como São Carlos e Ribeirão Preto, algumas unidades também decidiram seguir com o ensino remoto.

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