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Nova droga faz sistema de defesa do corpo contra-atacar o câncer
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DE SÃO PAULO
MARIANA VERSOLATO
ENVIADA ESPECIAL A CHICAGO
Uma droga experimental que estimula o sistema imunológico do paciente conseguiu reduzir tumores em um quarto dos pacientes com melanoma, câncer de rim e de pulmão, segundo estudo publicado no periódico "New England Journal of Medicine".
Os resultados da pesquisa foram apresentados no encontro anual da Asco (American Society of Clinical Oncology), em Chicago, EUA.
Os autores afirmam que o câncer tem uma habilidade vantajosa de se esconder do sistema imunológico, explorando mecanismos do organismo que foram desenvolvidos contra a autoimunidade.
A nova droga, batizada por enquanto de BMS-936558, foi então desenvolvida para impedir essa manobra das células tumorais.
Os pacientes do estudo receberam injeções de um anticorpo que tem como alvo uma proteína chamada PD-1, responsável por inibir a resposta imune do corpo contra o câncer. Ao bloquear essa via de ação, o medicamento pode então reativar uma ação do organismo contra as células tumorais.
Participaram da primeira fase do estudo 296 pacientes com diversos tipos de câncer, incluindo de próstata e colorretal, que tinham tido piora com as terapias tradicionais.
Mas as respostas foram observadas em quem tinha melanoma avançado (28% dos pacientes), câncer renal (27%) e câncer de pulmão de células não pequenas (18%), que, em geral, não respondem a imunoterapias.
"Os resultados impressionam. A droga foi muito bem tolerada e pode ter seu uso estendido para vários outros tumores", afirma Fernando Maluf, oncologista do Hospital São José que participa do encontro da Asco e não esteve envolvido no estudo.
MARCADOR
Outra análise dos dados da pesquisa, também publicada no "New England Journal of Medicine", sugere um biomarcador para células tumorais: uma proteína chamada PDL-1, que pode ajudar a prever quais pacientes responderão à nova droga.
Os pesquisadores analisaram amostras dos tumores de 42 pacientes antes do tratamento com o BMS-9366558 para observar a expressão da proteína PDL-1.
Depois de analisar os resultados do estudo com a droga, eles notaram que um terço dos pacientes com tumores positivos para a proteína responderam ao medicamento, enquanto que nenhum dos que se mostraram negativos tiveram alguma resposta à droga.
A repórter Mariana Versolato viajou ao encontro anual do Asco a convite da Celgene
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