Descrição de chapéu Coronavírus

Prefeitura de São Paulo confirma 13 infectados com nova variante do coronavírus, nove de Manaus e quatro do Reino Unido

Estado já havia confirmado 25 infectados pela variante de Manaus, sendo 16 autóctones

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São Paulo

A Prefeitura de São Paulo informou nesta segunda-feira (15) que desde o início de janeiro foi notificada de 13 casos de novas variantes do coronavírus na cidade —nove oriundos de Manaus e quatro do Reino Unido.

No estado, já foram identificados 25 casos de pacientes contaminados pela variante brasileira do coronavírus, chamada de P1. Desses, 16 são autóctones, ou seja, de pessoas que não viajaram ao Amazonas (onde a nova cepa teve origem no país) nem tiveram contato com quem veio do estado.

Na capital paulista, oito pacientes são residentes do município e um é morador de capital amazonense, mas que viajou para se internar. Dos moradores da cidade, apenas um não teve contato com pessoas vindas da região Norte ou histórico de viagem para lá.

Outros quatro casos são da variante do Reino Unido. Dois já haviam sido detectados no início do ano e os outros dois foram comunicados na tarde desta segunda-feira —estes relatam não terem se deslocado, nem terem tido contato com ninguém de fora do país. Ou seja, seriam casos autóctones.

Outros seis casos suspeitos na cidade aguardam resultado do Instituto Adolf Lutz. A secretaria municipal reservou dez leitos de UTI, totalmente isolados, para os infectados pela nova cepa. Segundo a pasta, caso seja necessário, pode ampliar o espaço.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, após um novo sequenciamento genético, o Adolfo Lutz descartou que pacientes de Araraquara (277 km de SP) tenham sido contaminados pela variante do coronavírus oriunda do Reino Unido. O instituto identificou, no entanto, que a cidade soma 12 pessoas infectadas pela variante amazônica. Os casos são todos autóctones.

"Agora pela manhã, por coincidência, a pesquisadora Ester Sabino [do Instituto de Medicina Tropical da USP] nos comunicou que das três cepas que haviam sido colocadas como cepas britânicas, elas foram resequenciadas e afastou-se a possibilidade da cepa britânica. Porém, se aumentou as estatísticas. Nós tínhamos oito casos em Araraquara para a cepa P1, que era do Amazonas, e elas passaram a consagrar como 12 cepas", disse o secretário, durante a entrevista.

O prefeito de Araraquara decretou lockdown na última sexta-feira (12) após a detecção de infectados pelas variantes amazônica e britânica (que foi descartada) na cidade, que já está na fase vermelha do Plano São Paulo, quando só atividades essenciais —como supermercados, farmácias e postos de combustíveis, por exemplo— têm autorização para funcionar.

Além dos 12 casos de Araraquara, o estado identificou outros três infectados autóctones em Jaú (297 km de SP), na região de Bauru, e um na capital paulista.

Há ainda outros oito casos de pessoas vindas da região do Amazonas na cidade de São Paulo, segundo Gorinchteyn, e um paciente de Águas de Lindóia que teve contato com uma pessoa vinda de Manaus.

O secretário chamou atenção para o potencial de infecção dessa nova cepa, que é mais agressivo que o do vírus comum, e mostrou-se preocupado com o possível compromentimento de pacientes jovens e sem comorbidades.

Uma reunião está marcada para esta segunda com pesquisadores e representantes do Centro de Contingenciamento do Coronavírus para definir medidas de controle da nova cepa no estado.

O secretário afirmou que se houver uma alta de casos em razão da nova variante, serão tomadas pontualmente medidas locais para contenção da circulação do vírus.

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