OMS distribuirá testes de cólera a países para frear propagação da doença

Etiópia, Somália, Síria e Zâmbia são alguns dos países que receberão kits contendo a testagem

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AFP

A OMS (Organização Mundial da Saúde) e entidades associadas iniciaram, nesta sexta-feira, 5, uma campanha para a distribuição de 1,2 milhão de testes de diagnóstico de cólera em 14 países para conter aumento de casos da doença.

O Maláui foi o primeiro a receber os kits de testes que, nas próximas semanas, também chegarão a países como Etiópia, Somália, Síria e Zâmbia, classificados pela OMS como "gravemente afetados por epidemias de cólera".

Médica cuida de pacientes em centro de tratamento.
Centro de tratamento para cólera em estádio de Lusaka, capital da Zâmbia, em janeiro deste ano - Peng Lijun/Xinhua

O programa de distribuição de testes é desenvolvido pela organização em parceria com a Gavi (Aliança Mundial para Vacinas e Imunização), que financia e coordena, junto a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), responsável pelo abastecimento dos exames. O CTFCC (Grupo Mundial de Trabalho para o Controle da Cólera) também é um dos apoiadores.

"Estamos nos deparando comum recrudescimento plurianual sem precedentes de casos de cólera no mundo e o anúncio de hoje dá um impulso decisivo para a luta contra a doença", declarou, em um comunicado, Aurelia Nguyen, diretora de programas da Gavi.

A doença é contraída por uma bactéria geralmente transmitida pela água ou por alimentos contaminados. Dentre os sintomas são comuns diarreia e vômito. A cólera é, particularmente, mais perigosa para crianças pequenas.

Nos últimos anos, houve um aumento de casos no mundo. Em 2022 foram registrados 473 mil, o dobro do ano anterior, e dados preliminares indicam que, em 2023, chegaram a mais de 700 mil.

A disponibilidade de vacinas orais contra a cólera aumentou mais de 18 vezes entre os anos de 2013 e 2023, mas a propagação veloz da doença nos últimos anos provocou uma escassez mundial do imunizante, segundo nota da OMS.

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