Descrição de chapéu maternidade

Internações de bebês por problemas respiratórios bateram recorde em 2023, aponta Fiocruz

Último ano teve 153 mil hospitalizações de crianças menores de um ano, aumento de 24% em relação ao ano anterior

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São Paulo

Internações de bebês menores de um ano por doenças respiratórias como pneumonia, bronquite e bronquiolite atingiram recorde no último ano, segundo levantamento Observa Infância, da Fiocruz e Unifase, com base em dados do SUS (Sistema Único de Saúde) de 2008 a 2023.

O relatório mostrou que, em 2023, foram registradas 153 mil internações de crianças da faixa etária, uma média de 419 hospitalizações diárias, representando um aumento de 24% em relação ao ano anterior e o maior patamar atingido nos últimos 15 anos.

A imagem mostra um bebê recém-nascido deitado em uma incubadora. O bebê está deitado de lado, com uma mão próxima ao rosto e a outra segurando um tubo. Há uma mão adulta tocando suavemente a cabeça do bebê. O bebê está coberto com um pano branco e há vários tubos e equipamentos médicos ao redor.
Internações por doenças respiratórias em menores de um ano bateram recorde em 2023

De acordo com o documento, foram necessários R$ 154 milhões para tratamento das crianças internadas durante o ano passado. Em 2019 os custos para a mesma finalidade foram de R$ 101 milhões.

As taxas de internação por região mostravam tendência de queda das internações por doenças respiratórias até 2016, apontou o estudo.

Logo após o início da pandemia de Covid, em 2020, as hospitalizações de crianças menores de um ano apresentaram queda média de 340%. No entanto, nos anos seguintes os aumentos foram constantes até atingirem o pico da série histórica em 2023.

As maiores taxas de internações foram registradas nas regiões Sul e Centro-Oeste e podem estar associadas às queimadas, clima seco e ao frio intenso, segundo o observatório.

"A redução na vacinação contra doenças respiratórias, possivelmente devido à pandemia de Covid-19, e as condições climáticas extremas podem ter contribuído para a vulnerabilidade dos bebês a infecções respiratórias graves", afirma Cristiano Boccolini, pesquisador e coordenador do Observa Infância.

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