Romeu Tuma Jr quer mudança de mentalidade e romper com Odebrecht

Candidato a presidente do Corinthians pretende administrar o clube com participação dos sócios

Ex-delegado, Romeu Tuma Júnior posa para foto como candidato de oposição a presidente do Corinthians
Ex-delegado, Romeu Tuma Júnior é candidato de oposição a presidente do Corinthians - Jorge Araujo/Folhapress
Alex Sabino Diego Garcia
São Paulo

Romeu Tuma Júnior ri da acusação de que é candidato a presidente do Corinthians porque deseja ser eleito deputado federal nas eleições de outubro deste ano.

"Se eu quisesse ser deputado federal, estava eleito. Perco votos por só falar do Corinthians nas minhas redes sociais. Eu quero ser presidente do Corinthians porque o clube precisa ser salvo das administrações que passaram por lá nos últimos dez anos", afirma.

Sua plataforma eleitoral é apoiada na promessa de transparência de gastos e de dar voz aos associados na administração. Garante ser o único candidato que frequenta a sede social, no Parque São Jorge.

A principal arma é ser uma metralhadora que não é giratória. Tem como alvo principal Andrés Sanchez, presidenciável da situação. No conselho deliberativo, Tuma é um dos mais combativos conselheiros.

"Sou o único candidato de verdade de oposição."

No ano passado, entrou com ação na Justiça para afastar Roberto de Andrade da presidência por desrespeitar as normas do Profut. Pediu uma liminar para tirá-lo do cargo e não conseguiu. O processo tramita no Fórum do Tatuapé, em São Paulo.

Delegado de polícia aposentado, especialista em lavagem de dinheiro, ganhou fama nacional por publicar livros contra o Partido dos Trabalhadores (legenda de Andrés Sanchez como deputado) e a administração de Lula (amigo de Sanchez) na Presidência da República.

Compara os métodos de administração da Renovação e Transparência, grupo político que está no poder no Corinthians desde 2007, com os do PT.

"É preciso tentar conscientizar o eleitor do Corinthians como tem de conscientizar o eleitor da política nacional. A responsabilidade de eleger o governante é do eleitor. A gente tem de mostrar que não dá para ser assim", completa.


Folha - O que o senhor faria a respeito do estádio?

Romeu Tuma Júnior - Tem de romper com a Odebrecht. O Corinthians é que tem de processar a construtora porque ela não terminou o estádio. O Corinthians vai assumir as obras que faltam construir e tem de parar de pagar, renegociar com a Caixa em parcelas por dez anos. E vão ter de aceitar. Eles vão fazer com o estádio se o Corinthians não cuidar?

Cinco candidatos a oposição não é muita coisa no Corinthians?

Tem muito candidato a presidente do Corinthians, mas eu sou a única oposição de verdade. As pessoas dizem que deveria juntar a oposição. É verdade. Mas que tipo de oposição? Tem os que se autodenominam oposição por interesse midiático, interesse de iludir o sócio e o torcedor porque são dissidentes da situação. Você tem a oposição que se autodenomina assim mas são pessoas que agem com os mesmos métodos da situação. Querem mudar nomes, mas não o modelo de gestão. Falam em se juntar para tirar os outros do poder, mas usando os mesmos métodos. "Para você eu dou isso, para você eu dou a base, eu vou contratar a sua empresa..." Isso vai mudar o quê? As moscas? Você tem uma oposição que é verdadeira porque eu estou lá há 20 anos batendo nos caras. Você tem uma oposição pequena que eu respeito, gente da situação, mas que quando viu coisas erradas que não concordaram, saíram. Não foram enxotados. Tem gente que hoje está na oposição porque foi enxotada. Brigou por espaço, por esquema, se desentendeu e saiu. Vai aparecer mais oposição ainda.

Como o senhor avalia a força do ex-presidente Andrés Sanchez?

O Andrés não tem a mesma força política para dizer que vai fazer alguma coisa e todo mundo aceitar. Por que você acha que ele lançou a candidatura e demorou para apresentar os vices? Porque estavam brigando lá dentro. Só ele consegue arregimentar o que sobrou da situação. Sabe o que ninguém esperava? Que o andar descesse e que a briga ia acabar na escolha dos vices. Ele sabia que ainda conseguiria aglutinar as pessoas em torno dele. Se ele indicasse outra pessoa para presidente agora ia ter racha. Tinha de ser ele para aglutinar.

E o Citadini?

O Roque não é uma oposição de pegada. No episódio da MSI [parceria com o grupo liderado pelo iraniano Kia Joorabchian, que rompeu com o Corinthians em 2006], depois de tudo o que foi apresentado, ele votou contra [a parceria], mas ele era vice-presidente do clube e não saiu. Não se manifestou no impeachment [de Roberto de Andrade em 2017]. No orçamento [votado neste ano], não votou contra. Roque tem uma ligação profunda com o pessoal da Odebrecht e nunca bateu nisso. Diz que precisa negociar. Que negociar? Não tem acordo, tem de tirar de lá, é uma empresa bandida, está todo mundo preso. Não tem conversa. Todos estão montando chapa distribuindo cargo. Não tem acordo programático. Não dá para fazer a mesma coisa. Mandaram gente embora da base e foram para a oposição. Não quero esse apoio. Dispensei um monte de gente que teria voto e veio me procurar. O modelo que querem é o mesmo. Eu posso perder a eleição de pé, mas não vou ganhar deitado. Para quê? Para ganhar a eleição e ser chamado de mentiroso no dia seguinte?

A candidatura do [Felipe] Ezabella atrapalha?

Atrapalha a mim. Tem gente que faz a leitura de que atrapalha ao Andrés. Eu não vejo dessa forma. Pode tirar do Andrés o voto dos dissidentes. O resto dos votos que ele tira é dos sócios que não têm candidato e são da oposição. Ele é um cara novo que saiu da administração do Andrés e o sócio não acompanha isso e não vai lembrar que ele foi vice e diretor da administração do Andrés.

O senhor pretende ter mais esportes olímpicos do clube?

O Corinthians tem de ter os esportes olímpicos. Isso gera receita para o clube. A parte social está abandonada. Tem de investir em reforma no clube. Os times de basquete, de vôlei são barrigas de aluguel. Você monta times em outros esportes e gera recursos de marketing. Tenho projeto de basquete. Aí começaram a investir isso também. Mas o Ezabella foi vice de esportes terrestres do Andrés e acabou com o basquete! Nessas coisas você vê quem é oposição. Minha chapa foi composta por ideologia programática. Meu vice, Ilmar [Schiavenato], é um cara ótimo, que fez melhorias no clube e todo mundo reconhece. Foi um grande diretor social na época do Mario [Gobbi]. E o Lulinha [Luiz Carlos Bezerra, também candidato a vice] é um sócio que frequenta muito o clube e conhece todo mundo. Nossa mudança vai ser de métodos, não vai ser de faxina de pessoas.

O senhor quer ser presidente do Corinthians para depois ser candidato a deputado federal?

Eu tenho uma reputação, pô! Não posso queimar fazendo toma lá, dá cá. Dizem que eu quero ser candidato a deputado, eu respondo para as pessoas: vocês são medíocres. Se eu quisesse ser deputado, estava eleito. Eu perco votos por querer ser presidente do Corinthians porque as pessoas no meu Facebook reclamam que eu só falo do Corinthians. Eu sou o único que fez o caminho inverso. Fiz minha vida pública, aposentei e agora quero cuidar do clube. Todos os outros foram eleitos depois de passarem pelo Corinthians. Eu, não. Não preciso do Corinthians. Eu propus fazer uma carta e que todos os candidatos assinassem. Quem for eleito a presidente do Corinthians renuncia a qualquer cargo público ou mandato eletivo. E se descumprir, a mesma carta valeria como renúncia à Presidência do clube.

O senhor pode explicar melhor o que é a proposta de democracia participativa?

O Corinthians precisa mudar métodos. Não pode ser presidencialismo de uma pessoa só porque aí já vira presidencialismo de cooptação. Os caras fazendo acordos espúrios de acordo. Para ganhar eleição, começa a entregar futebol, administrar peteca, a base... Não pode fazer um leilão de cargos que é mais do mesmo. Por isso tem 20 anos de Dualib, 20 anos de Vicente Matheus. É preciso pensar algo diferente. Se o clube é uma nação, tem de ser administrado como uma nação. Quem faz a oposição é a forma como a situação administra. Eu fui policial por 35 anos. Policial só administra problemas. Ninguém vai à delegacia para dar bom dia. O cara só vai lá porque ele não tem mais onde ir. Ele tem medo de ser maltratado. Você tem de entender as pessoas. Vai um pai lá e diz que o filho está fumando maconha e perguntando o que fazer. Imagina o ponto que chegou essa pessoa para ir na delegacia e dizer isso para o delegado... Você não pode dizer "vou prender seu filho". Tem de ser psicólogo, assistente social... Quem é presidente do Corinthians tem de saber administrar. Tenho divergência de alguém, por que vou punir o neto dele que está na base? Se o sujeito roubou, coloca na cadeia, não vai retaliar nos familiares. Eu sofri com isso por causa do meu pai [Romeu Tuma] quando era moleque. Quem cria oposição, é sempre a situação. Se você quer ser presidente da República, tem de ouvir as pessoas. Se quer ser presidente do Corinthians, tem de ouvir as pessoas.

Esta eleição no Corinthians terá as chapinhas, com 25 candidatos ao conselho cada, em vez do que era conhecido como chapão, com 100 conselheiros. O senhor foi a favor dessa mudança?

Quando teve a conversa sobre chapão, eu já fui diferente. Eu fui o único candidato a presidente que votou a favor da chapinha. Todos os outros disseram que era absurdo, que cada chapinha colocaria a faca no pescoço do presidente para exigir cargo, senão vota contra o presidente e fica ingovernável. Mas não é isso o que eles [dirigentes] fazem? Chama a imprensa para participar das conversas. Democratiza. As reivindicações e as conversas terão testemunhas. Qual o medo? Escracha os caras. O presidente do clube tem de ouvir os divergentes. Não é dono do clube. Eu quero criar na minha gestão o CAP, Comitê de Administração Participativa. Um comitê que o presidente não participa, com um representante de cada chapinha titular. São oito chapinhas eleitas. Além disso, três ou cinco membros entre os conselheiros vitalícios e cinco corintianos notáveis que não necessitam ser conselheiros ou mesmo sócios. Em vez de criar uma relação conflituosa com o conselho por falta de transparência... Há 20 anos eu bato, é porrada, tem de ir para a Justiça porque não mostram nada para os conselheiros. Não é transferir decisão, mas ter participação para dar um norte. Se amanhã tiver R$ 1 milhão em caixa e puder construir uma quadra ou aquecer a piscina, como decide? O presidente, se não gosta de nadar, vai construir a quadra. Custa para o presidente do Corinthians, que não é um clube de bairro, discutir o assunto? Se eu encontrar na situação, na oposição, gente qualificada para os lugares certos, não tem problema. Não vou deixar de escolher essas pessoas por causa disso. O Corinthians precisa mudar o estatuto e dar poder de voto para os cônjuges do associado e ampliar o número de votantes. Tem de mudar o sistema de eleição para presidente. Tem de ter dois turnos. Há muito candidato que se lança à Presidência para fazer barulho na imprensa e depois arrumar vaga de vice em outra chapa.

Mas a chapinha deixa a eleição sangrenta...

Está sendo. Estão usando ameaças, pressões, coações. É um processo muito ruim. O nível estava razoável, mas já vi casos abomináveis de gente de chapinha, que se diz de oposição, ameaçando família de garotos da base para fazer campanha para chapinha e dizendo que se não fizer e a chapinha for eleita, o menino estará fora do clube. São pessoas que amanhã querem ser conselheiros. A eleição é sangrenta.

Mas o senhor apoiou a criação da chapinha.

Apoiei porque é um processo importante, que dá condições para o sócio escolher seu representante no conselho. Ele acaba com o presidente ter o conselho na mão e um bando de ovelhas. No chapão era chapa de 200 e quem era eleito levava os 200. Então já tinha a maioria. Por isso que eu digo que há várias pessoas que foram eleitas com o Roberto e hoje se dizem de oposição. Algumas porque não concordaram com os métodos, o que eu respeito, e outras porque foram excluídas da administração.

Se na última eleição valesse a eleição de chapinhas, a probabilidade de o Roberto de Andrade ter sofrido o impeachment seria maior?

Muito maior. Não tenho dúvida. Houve vários acordos, negociaram espaços no clube às vésperas do impeachment.

O senhor fez tentativa de aliança com os outros candidatos da oposição?

Há um tempo atrás houve uma reunião com Roque, Paulo [Garcia], Osmar [Stábile] e apresentei meu projeto. Disse que não queria ser porra nenhuma. Poderia ser faxineiro. Mas o plano tem de ser esse. Sem que o clube tenha dono. Cria uma superintendência no futebol interligando profissional, base, feminino e master. O Corinthians joga uma fortuna fora com o master. Ele chama o  Wagninho, que tem alguns votos com o Jaça [conselheiro Jacinto Antonio Ribeiro] e manda tomar conta da base. Os caras pegam jogador que era do São Paulo, do Palmeiras, vai jogar não sei onde. O clube não tem nem ideia. Vendem camisa autografada... Eu quero profissionalizar o master. Que eles sejam profissionais do Corinthians. Pega os jogadores, o Ataliba, Wladimir... Faz contrato! Faz um contrato de dois anos, dois ou três mil por mês, um puta plano de saúde para cuidar dele e da mulher, que custaria mais dois mil por mês. Monta um time com reserva e tudo mais, uniforme igualzinho ao profissional. Prefeitura, empresa, quem quiser contratar o master do Corinthians para jogar tem de vir no clube. Vai com o ônibus do Corinthians. Não tem jogo? Leva no final de semana na Fazendinha porque o sócio perdeu a ligação com os ídolos. Compromisso contratual, faz uma escala de sábado, vão alguns ao clube para dar autógrafos, fazer camisa retrô. Time 82, de 88, de 77. Vão ganhar uma comissão. O dinheiro tem de vir para o Corinthians. O clube é uma fonte inesgotável de recursos, tem de acabar com os intermediários!

Mas e os recursos para isso tudo?

Primeira coisa é acabar com os dutos. Cria uma diretoria de licenciamento. Hoje o cara quer licenciar alguma coisa do Corinthians tem de pagar R$ 300 mil mais os royalties, que não vêm para o clube. Cria uma diretoria de licenciamento dentro do marketing. O sujeito faz um relógio de parede que custa R$ 15, coloca na loja a R$ 180 e ninguém compra. A camisa oficial custa R$ 400. Pô, é o Corinthians! O presidente do Corinthians vai na China, onde a Nike manda fazer o uniforme. Já levantei. No fabricante na China custa US$ 7. O Corinthians é o maior clube do mundo. A Espanha não é do tamanho da torcida do Corinthians. Vai lá e compra a camisa bruta, depois vai ao Bom Retiro, pega uma empresa boa. Vai colocar o escudo do clube, o número para fazer bonitinha, vai custar mais US$ 10. Você uniformiza o clube inteiro, limpa, sem patrocínio. Compra um milhão de camisas na China. Uniformiza todas as categorias e coloca para vender nas lojas do Corinthians. Vai custar 10 dólares para deixar pronto e vende a 30 dólares. Noventa reais. O torcedor não vai pagar 70 na pirata, vai pagar 90 na oficial. Se uma empresa quiser comprar os direitos, tudo bem. Quanto paga? Me dá 100 milhões que eu mando bordar sua marca. Mas não pode ter conchavos com esses caras. Ninguém vê o contrato [com a Nike]. Vai ver o orçamento deste ano, que eu votei contra, tem o Corinthians pagando R$ 5 milhões neste ano para a Nike. Como assim? É fornecedor e eu estou pagando? Falaram que o Corinthians pegou uniforme a mais. Como pegou uniforme a mais? O que tem a ver uma coisa com a outra? Está louco? É brincadeira! Tem de fechar esses dutos. Dá para fazer um baita trabalho, só não dá para lotear.

É viável ganhar a eleição assim?

Tem de tentar conscientizar o eleitor do Corinthians como tem de conscientizar o eleitor da política nacional. A responsabilidade de eleger o governante é do eleitor. Tem sido viável. A gente tem de mostrar que não dá para ser assim. Depende do eleitor ter consciência disso. Você tem um grande número de sócios remidos que não frequentam o clube e não acompanham. No Corinthians você tem dois tipos de eleitor: o sujeito que frequenta o clube e torce pelo Corinthians e tem o que é só torcedor. É sócio, mas quer saber do futebol e dane-se o resto. Não quer saber de onde vem o dinheiro. Quer título. Você tem de unir as duas coisas. O Corinthians tem de ganhar títulos de qualquer jeito e vai ganhar sempre. É um clube grande que vai disputar. Isso não é virtude do presidente, é obrigação. Desde que eu fui vice-presidente de futebol, entre 1994 e 1995, a gente criou uma estrutura que o Corinthians passou a ser time com estrutura de primeiro mundo. Quando cheguei, não tinha nada. Comecei a estruturar a parte de fisioterapia, fisiologia, trazer pela primeira vez nutricionista, árbitros para dar palestras... Compramos máquinas importadas. Ganhamos a Copa Bandeirantes [em 1994], chegamos à final do Brasileiro [1994], ganhamos a Copa do Brasil, ganhamos o Paulista [ambos em 1995], depois de 25 anos ganhamos a Copa São Paulo [1995] e subimos sete jogadores para o profissional. Fiz os primeiros contratos de três anos quando a regra era um ano. Dali para frente, o Corinthians sempre disputou. É obrigação disputar. Precisamos conscientizar o sócio e o torcedor que o clube, se continuar nesse ritmo, vai quebrar e levar o futebol junto. A única coisa que a diretoria não meteu a mão, deu certo. Eles não queriam o Carille, contrataram quatro técnicos antes de efetivá-lo. Tiveram de engolir o Carille e deu certo. Deixaram o treinador tomar conta, o diretor de futebol não atrapalhou.

A conquista do título brasileiro ajuda o Andrés?

Ajuda porque mantém discurso da superficialidade. Principalmente para este tipo de sócio-torcedor para quem só importa ganhar campeonato. Para eles, eu digo que ganhar campeonato é obrigação. Quando fui vice de futebol o clube não tinha recursos. Chegamos a ficar quatro ou cinco meses sem patrocinador e ganhamos tudo o que disputamos. Tem mérito, claro. Mas ganhar campeonato é obrigação. O presidente de um clube como o Corinthians tem de disputar campeonatos. A que preço? A que custo? O que estão fazendo com o clube? Meteram a gente na Lava Jato. Temos um belo estádio que tem um enrosco desgraçado e nós vamos ter de desenroscar e eles [da situação] não tem capacidade porque estavam envolvidos na engenharia financeira malfadada. É o custo-benefício. O sócio está abandonado. O clube poderia estar arrecadando muito mais com outras modalidades. Acabaram com todos os esportes olímpicos. Corinthians poderia estar enchendo a arena com o futebol, mas enchendo o [ginásio] Wlamir Marques com basquete, vôlei e futsal. É o Corinthians! É uma puta marca que não está sendo difundida. E tudo o que gera recursos meteram intermediário no meio. No Fiel Torcedor, que é um programa pago para compra de ingressos - o que acho um absurdo - quem ganha é a Omni. No futebol, ganham os empresários. Na base, ganham os empresários indicados. Licenciamento ganha a empresa SPR, que eles arrumaram. O Corinthians não ganha! Onde precisa do dedo da administração o Corinthians perde. Ganha dentro de campo por causa dos jogadores. O Corinthians é um espetáculo dentro de campo e um desastre fora dele. O Corinthians não se faz respeitar. Mandam o chefe da segurança [coronel Dutra] respeitar o clube em sorteio da sul-americana.

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