No dicionário, spútnik é companheiro de viagem, cônjuge ou satélite. Desde 2014, é o nome da agência oficial russa de notícias, substituindo a Voz da Rússia. Mas a palavra se celebrizou ao nomear o primeiro programa espacial soviético.
Levado ao espaço por um foguete também chamado Spútnik, o Spútnik 1 se tornou, em 1957, o primeiro satélite artificial da Terra.
No mesmo ano, o Spútnik 2 carregou o primeiro ser vivo a fazer uma viagem espacial, a cadela Laika.
O sucesso internacional do programa foi tão grande que ele se tornou, na época, uma das palavras russas mais difundidas internacionalmente, batizando até grupo musical no Brasil.
Criado no Rio de Janeiro, em 1957, o The Sputniks teve curta duração, mas reuniu dois nomes que se tornariam icônicos: Tim Maia e Roberto Carlos.
Vale lembrar, contudo, que os voos tripulados de que os russos tanto se orgulham pertencem a outro programa espacial, o Vostok (oriente). A Vostok 1 decolou em 12 de abril de 1961, levando o primeiro homem ao espaço —Iúri Gagárin (1934-1968), cuja imagem continua icônica no país até hoje, 50 anos depois de sua morte. E Valentina Terechkova, 81, a primeira mulher a ir ao espaço, embarcou na Vostok 6, em 16 de junho de 1963.
Ao lado da vitória na Grande Guerra Patriótica (nome que se dá, por lá, à Segunda Guerra Mundial), o programa espacial é um dos raros momentos da história da URSS que é motivo de orgulho quase sem controvérsias na Rússia pós-soviética.
Não por acaso, o Spútnik aparece na vinheta oficial de abertura da transmissão televisiva das partidas da Copa do Mundo de 2018.
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