Descrição de chapéu Copa do Mundo

Falha fez goleiro francês perder prêmio que já estava quase garantido

Campeão do mundo, Hugo Lloris foi preterido por jogador belga

Hugo Lloris leva as mãos à cabeça e lamenta após falhar na frente do atacante croata Mandzukic
Hugo Lloris lamenta após falhar na frente do atacante croata Mandzukic - Gabriel Bouys/AFP
Carlos Maranhão
Moscou

Dos quatro prêmios instituídos pela Fifa para os destaques individuais da Copa do Mundo, um deles teve reviravolta no jogo final: o de melhor goleiro.

Na véspera de decisão, o grupo de estudos técnicos formado pela entidade máxima do futebol, encarregado da escolha, reuniu-se no Raddison Royal Hotel da capital russa e praticamente chegou a um consenso sobre quem seria indicado como o melhor jogador, o melhor goleiro e o melhor jogador jovem.

A Chuteira de Ouro, reservada para o artilheiro, foi para o inglês Harry Kane, com seus seis gols.

O grupo de cinco treinadores e ex-jogadores reuniu o brasileiro Carlos Alberto Parreira, o holandês Marco van Basten, o sérvio Bora Milutinovic, o nigeriano Emmanuel Amunike e o escocês Andy Roxbourgh.

Para evitar que se repetisse o erro clamoroso de 2002, quando o goleiro Oliver Kahn ficou com o prêmio principal, em uma escolha realizada antes da partida em que o Brasil sagrou-se pentacampeão ao derrotar a Alemanha por 2 a 0 —ele falhou feio no primeiro gol, ao soltar uma bola chutada por Rivaldo que Ronaldo aproveitou para fazer o primeiro gol brasileiro—, a votação só ocorreu logo após o encerramento da finalíssima.

Até então, segundo a Folha apurou, havia um entendimento no grupo de que o troféu Luva de Ouro seria dado para o francês Hugo Lloris. Aos 23 minutos do segundo tempo do encontro em que a França ganhou da Croácia por 4 a 2, porém, quando deu a bola de presente para Mandzukic marcar e diminuir o marcador, ele caiu fora da disputa.

O grupo então passou a considerar dois nomes: o belga Thibaut Courtois e o inglês Jordan Pickford. Ganhou Courtois por unanimidade. Foi também unânime a escolha da revelação francesa Kylian Mbappé, de 19 anos.

O critério da premiação principal levou em conta o desempenho técnico do craque durante a competição e, sobretudo, o que o grupo chamou de “impacto para o time” de suas atuações —inteligência como organizador de jogadas, eficiência defensiva e participação efetiva nos gols, de própria autoria ou não.

Como melhor jogador do torneio, Luka Modric recebeu quatro votos contra um do belga Eden Hazard e conquistou a Bola de Ouro. Coube ao francês Antoine Griezmann, melhor jogador da final, o terceiro lugar.

Os eleitores da Fifa firmaram um compromisso de não revelar em quem votaram.

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