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Americana do tênis universitário e jovem grego surpreendem na Austrália

Danielle Collins e Stefanos Tsitsipas superam favoritos e vão às semis no Grand Slam

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A americana Danielle Collins comemora ponto nas quartas de final do Aberto da Austrália
A americana Danielle Collins comemora ponto nas quartas de final do Aberto da Austrália - Saeed Khan/AFP
São Paulo

Definidas as primeiras semifinais do Australian Open, dois tenistas chamam a atenção por chegarem pela primeira vez nessa fase de um Grand Slam: o grego Stefanos Tsitsipas, 20, e a americana Danielle Collins, 25.

Até então, Collins nunca havia ganhado uma partida na chave principal de um dos quatro torneios mais importantes do tênis. Foram cinco derrotas em estreias. Parte disso se explica porque até 2016 a americana estudava e competia no circuito universitário dos EUA, vencido por ela duas vezes.

Collins é a primeira tenista dos EUA com trajetória no esporte universitário a chegar às semifinais de um Grand Slam desde 1996.

Ela afirmou que ir para a universidade foi fundamental para o seu desenvolvimento. "Não ser uma criança prodígio e uma estrela na juventude de alguma forma me fez trabalhar mais duro."

Em 2014, após ter conquistado o troféu universitário pela primeira vez, ela foi convidada a participar do US Open e levou a estreia contra a romena Simona Halep ao terceiro set.

A partir de 2016, a americana começou a escalar posições no ranking, mas só passou a figurar entre as cem melhores do mundo no ano passado. Ganhou os holofotes em março de 2018, quando venceu Venus Williams no torneio de Miami, um dos mais importantes do circuito, e chegou às semifinais.

Collins está na 35ª posição do ranking e por pouco não entrou como cabeça de chave em Melbourne (as 32 melhores ocupam as posições). Mesmo com essa ascensão, poucos apostavam que ela pudesse bater a vice-líder do ranking, a alemã Angelique Kerber, nas oitavas de final.

A americana o fez com propriedade e perdeu apenas dois games na vitória por 6/0 e 6/2.

Após o confronto, ela falou sobre como o fato de ter passado vários anos longe do tênis profissional também pode ter sido um trunfo para a sua preparação mental.

"Tenho outros interesses e paixões além do tênis. Consigo relaxar um pouco mais, talvez, do que outras pessoas, porque elas vêm jogando tênis durante a vida toda, sem se aventurar muito", afirmou.

A americana Danielle Collins comemora ponto nas quartas de final do Aberto da Austrália
A americana Danielle Collins comemora ponto nas quartas de final do Aberto da Austrália - Saeed Khan/AFP

Nesta terça (22), Collins derrotou a russa Anastasia Pavlyuchenkova de virada (2/6, 7/5 e 6/1) e marcou um encontro com a tcheca Petra Kvitova, bicampeã de Wimbledon e que está na disputa pela liderança do ranking, em uma das semifinais.

A outra será definida na madrugada desta quarta, após os jogos entre Serena Williams e Karolina Pliskova e Elina Svitolina e Naomi Osaka.

Tenista de estilo agressivo, a americana diz que gosta de jogar contra favoritas e consegue se motivar mesmo quando a torcida está contra ela.

Após bater Kerber, ela adotou um discurso confiante. "Eu posso não ter vencido um jogo de Grand Slam antes. Mas tenho que dizer: acho que isso vai continuar acontecendo". Ela tinha razão, resta saber até quando.

Pelo nível demonstrado por Tsitsipas em alguns torneios do ano passado, sua campanha em Melbourne surpreende menos que a de Collins.

Ainda assim, para chegar às semifinais ele precisou superar o atual bicampeão do Australian Open, Roger Federer, em um jogo de quase quatro horas de duração nas oitavas de final.

O grego Stefanos Tsitsipas após vencer as quartas de final em Melbourne
O grego Stefanos Tsitsipas após vencer as quartas de final em Melbourne - Adnan Abidi/Reuters

A vitória diante do ídolo foi a maior da carreira do grego, que no ano passado já havia superado Novak Djokovic no Masters 1.000 de Toronto.

Atualmente 15º colocado do ranking, Tsitsipas atua de forma agressiva do fundo de quadra e também demonstra intimidade com o jogo de rede.

Apesar de muitas vezes se irritar durante as partidas e pecar pela falta de concentração, ele tem conseguido se controlar até aqui. Depois da vitória contra Federer, soube administrar a euforia e passou nesta terça pelo espanhol Roberto Bautista Agut, por 3 sets a 1.

"Perguntaram para mim no começo do ano sobre minhas metas para 2019. Disse que era fazer semis em um Grand Slam. Eu pensei que estava louco quando respondi. Mas aconteceu, é real", afirmou.

Seu próximo adversário será Rafael Nadal, contra quem registra duas derrotas em dois jogos. Depois de perder para o espanhol na final do Masters de Toronto, ele prometeu a si mesmo que jogaria melhor contra o rival na próxima oportunidade. Agora ela chegou.

As semifinais femininas e o jogo entre Nadal e Tsitsipas serão realizados na quinta (24), ainda sem horários definidos.

A outra semifinal masculina, que terá sua definição nesta quarta após os jogos entre Novak Djokovic e Kei Nishikori e Milos Raonic e Lucas Pouille, está marcada para sexta (25).​

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