Em clássico com o Santos, São Paulo revê Diniz em momento de oscilação de Crespo

Duelo na Vila Belmiro marca reencontro do atual treinador alvinegro com o time tricolor

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Santos

Fernando Diniz e São Paulo vão se reencontrar pela primeira vez, 139 dias depois de um rompimento brusco. O divórcio ocorreu a cinco jogos do fim do último Campeonato Brasileiro e com a disputa do título ainda aberta.

Fernando Diniz orienta os jogadores durante treino do Santos
Fernando Diniz orienta os jogadores durante treino do Santos - Ivan Storti-10.mai.21/Santos FC

“O São Paulo oscilou, mas a gente descia e subia cada vez mais forte. Se eu não tivesse saído, talvez subíssemos e conquistássemos o título”, avaliou Diniz, logo em sua apresentação pelo Santos, há quase um mês.

Desde então, o treinador de 47 anos tenta engrenar no novo clube, enquanto o São Paulo encontrou no argentino Hernán Crespo, 45, alguém para findar a longa espera por conquistas. O jejum se estendeu de 5 de dezembro de 2012 a 23 de maio de 2021, quando o time venceu o Palmeiras, no Morumbi, na decisão do Paulista.

Neste domingo (20), às 18h15, na Vila Belmiro, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, com transmissão do Premiere, os rivais medem forças, curiosamente, no primeiro momento de oscilação vivido por Crespo no Brasil. Não há ressentimentos ou motivações especiais, assegura Diniz.

“Faz parte do futebol, procuro fazer o meu melhor onde trabalho. Farei tudo o que for possível pelos objetivos do Santos. Será bom rever os muitos amigos que fiz no São Paulo, mas meu interesse único e exclusivo é fazer meu melhor pelo Santos”, declarou.

O São Paulo ainda não sabe o que é vencer no Brasileiro. Na atual edição, soma apenas dois pontos –dois empates e duas derrotas, suficientes para a 16ª colocação. O Santos não está muito distante e iniciou a rodada na 13ª posição, com quatro pontos.

Crespo sofreu recentemente golpes inéditos em solo brasileiro. Pela primeira vez, viu o sólido sistema defensivo tricolor sofrer três gols em uma única partida, na derrota por 3 a 2 para o 4 de Julho, em Teresina, pela terceira fase da Copa do Brasil.

Ainda perdeu para Atlético-GO e Atlético-MG, somando três derrotas em menos de duas semanas. Anates disso, em quatro meses, a equipe só havia sido batida duas vezes –pelo Novorizontino, no Paulista, e pelo Racing, na Libertadores.

No empate com a Chapecoense, na última quarta-feira (16), o argentino abriu mão do princípio de não apontar falhas da arbitragem. Ele reclamou da atuação de Dyorgines José Padovani de Andrade, após polêmica expulsão de Rodrigo Nestor, ainda no primeiro tempo.

“Não posso vir ao São Paulo fazer experiência. Eu percorri um longo caminho para chegar aqui, desejo respeito de quem venha ao Morumbi”, afirmou.

Na ocasião, a perda precoce de um jogador desmontou uma escalação inovadora com o lateral Reinaldo entre os zagueiros e o atacante Gabriel Sara na lateral esquerda.

Na Vila, Crespo revê o adversário castigado por ele em 6 de março, em uma goleada por 4 a 0 na primeira fase do Paulista. O rival, no entanto, também já foi seu algoz. Na Libertadores de 2020, quando dirigia o Defensa y Justicia, o treinador foi eliminado em duelo com a formação praiana, nos minutos finais da fase de grupos.

Para a partida no litoral, o técnico tricolor deverá contar com o retorno do meia Martín Benítez, recuperado de estiramento na coxa esquerda, e optar pelo esquema preferido, com três zagueiros, mas sem Miranda, em tratamento de lesão muscular.

Diniz, por sua vez, tem contra a equipe do Morumbi o maior desafio até aqui. Desde a chegada, ele comandou o Santos em sete partidas, com quatro vitórias, um empate e duas derrotas, a última delas por 1 a 0 contra o Fluminense, durante a semana, em resultado que classificou como “amargo” pelas chances desperdiçadas.

“Foi o jogo em que mais produzimos chances claras de gol no Campeonato Brasileiro. Fomos mais dominantes e acabamos saindo com um resultado contrário”, lamentou.

De acordo com estatísticas do SofaScore, o Santos terminou o jogo com 70% de posse de bola e o dobro de finalizações do rival: 18 contra 9. A equipe é a que mais troca passes na competição e a que mais tempo fica com a bola nos pés.

O técnico ganhou algo que seu antecessor, o argentino Ariel Holan, não conseguiu: reforços. Foram cinco, ao todo, o principal deles o volante Camacho, ex-Corinthians, que se juntou a nomes como Marcos Guilherme, cedido pelo Internacional, e Vinícius Zanocelo, destaque na Ferroviária.

No clássico, o treinador não terá Alison, homem de confiança, fora pelo terceiro cartão amarelo. Isso deverá abrir espaço para Camacho ser titular pela primeira vez desde a chegada. Diniz contará com o retorno do zagueiro Luan Peres, após cumprimento de suspensão.

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