Pelo segundo ano consecutivo, o Grande Prêmio do Japão de F1 foi cancelado devido à pandemia da Covid-19. A corrida estava marcada para 10 de outubro, no circuito de Suzuka.
"Após reuniões com o promotor da prova e autoridades locais, o governo do Japão decidiu cancelar a corrida nesta temporada devido às complexidades da pandemia no país", afirmou a direção da F1, em comunicado oficial.
Na terça-feira (17), o governo do Japão já havia anunciado a ampliação do estado de emergência no país como medida de combate ao coronavírus. Passou de 6 para 13 o número de regiões com restrições mais severas. As medidas limitadoras serão mantidas durante os Jogos Paraolímpicos de Tóquio, que ocorrerão de 24 de agosto a 5 de setembro.
Recentemente, o Japão foi sede das Olimpíadas de Tóquio, sem público na grande maioria das disputas. Os torcedores estão vetados nas Paraolimpíadas.
O Japão registrou na terça-feira (17) 19.860 novos casos de Covid-19. A média móvel dos últimos sete dias é de 18.280 novos infectados por dia. O país já teve 1,18 milhão de casos e 15.497 mortos pelo Sars-CoV-2. Os dados são da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
"A F1 está trabalhando nos detalhes do calendário revisado e vai anunciá-lo nas próximas semanas", acrescentou a entidade.
O GP do Japão não é a primeira etapa da F1 na Ásia que acabou cancelada. O GP de Cingapura, que estava marcado para 3 de outubro, também não será realizado. Em junho, a F1 decidiu que as restrições de viagens ao país por causa da pandemia inviabilizavam o evento.
Desta vez, o cancelamento foi particularmente doloroso para a Honda. A montadora, dona do circuito de Suzuka e principal patrocinadora da corrida, está deixando a condição de fabricante de motores na categoria ao final desta temporada.
"Como Honda, estamos particularmente desapontados porque este é o último ano do nosso projeto de F1 e sabemos que muitos torcedores estavam ansiosos para participar do evento", afirmou Koji Watanabe, chefe de operações da montadora.
A Honda fez parceria com as duas equipes da Red Bull e com Yuki Tsunoda, primeiro piloto japonês na F1 em sete anos, que corre pela Alpha Tauri.
A F1 opera com protocolo de segurança sanitária rígido. Equipes ficam em bolhas, e há testes frequentes para a Covid-19 entre os profissionais e jornalistas que cobrem a categoria.
"A F1 provou neste ano, e em 2020, que podemos nos adaptar e encontrar soluções para as incertezas em curso. Estamos animados com o nível de interesse de locais para sediar eventos de F1 neste ano e depois", afirmou a direção da categoria.
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