Descrição de chapéu Mundial de Clubes

Mundial de Clubes terá 32 times e será disputado a cada 4 anos a partir de 2025

Fifa anunciou mudança nesta sexta-feira (16); entidade também criará o Mundial Feminino de Clubes

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A Fifa anunciou nesta sexta-feira (16), em entrevista do presidente Gianni Infantino, que o Mundial de Clubes será disputado a cada quatro anos, com 32 equipes na disputa, a partir de 2025.

A ideia já havia sido anunciada em 2019, mas com 24 times. O planejado era que o novo formato estreasse em 2021, mas a pandemia de Covid-19 adiou a reformulação. Hoje, o Mundial de Clubes é disputado por sete clubes no período de um mês.

A nova distribuição de clubes por continente ainda não foi definida. O mesmo vale para a sede: ainda não se sabe quais países receberão o novo torneio em 2025.

Infantino durante coletiva da Fifa em Doha, no Qatar, a dois dias da final da Copa do Mundo de 2022 - Odd Andersen/AFP

Ainda segundo Infantino, o Mundial de Clubes deste ano, adiado para 2023 por causa da Copa do Mundo, será realizado no Marrocos, que já havia sediado o torneio em 2013 e 2014, entre os dias 1 e 11 de fevereiro.

Com o formato habitual, o Real Madrid, atual campeão da Liga dos Campeões, estará no país africano como representante europeu, ao lado dos campeões das outras cinco confederações da Fifa: Flamengo, Al Hilal (Arábia Saudita), Seattle Sounders (Estados Unidos) e Auckland City (Nova Zelândia). O campeão do Marrocos também participará.

A última edição do torneio foi em fevereiro deste ano, nos Emirados Árabes Unidos, com o Chelsea erguendo o troféu.

Outra novidade anunciada é a criação do Mundial de Clubes Feminino. De acordo com o presidente da entidade, os detalhes do torneio ainda não foram definidos.

"Há alguns anos havíamos tomado uma decisão sobre esta competição, mas ela não foi realizada devido à pandemia, deixando sua vaga para a Copa América e a Eurocopa (em 2021). Será no verão (do hemisfério norte) de 2025 com as 32 melhores equipes do mundo e terá tanto sucesso quanto a atual Copa do Mundo", disse.

"O novo Mundial de Clubes será disputado pelas melhores equipes do mundo, tenho certeza. Os detalhes precisam ser elaborados, inclusive sobre o país que vai organizá-lo."

O FIFPro, sindicato mundial de jogadores profissionais, reagiu negativamente ao anúncio.

"FIFPro recebeu com surpresa a decisão de hoje [sexta] do Conselho da Fifa sobre o calendário internacional de partidas para homens e mulheres, que pode ter consequências sérias e agravar a pressão sobre o bem-estar e trabalho de jogadores", afirmou a entidade em nota.

"Apesar de um acordo entre o FIFPro e a Fifa, na semana passada, que uma negociação conjunta do calendário internacional ocorreria antes do Congresso da Fifa, em março de 2023, essas decisões foram tomadas unilateralmente sem consulta, ou anuência, aos jogadores."

O Fórum Mundial de Ligas (WFL), organização que representa associações profissionais de ligas de futebol, também criticou o anúncio, dizendo que as medidas podem ter consequência negativas para a economia do futebol e o bem-estar dos atletas.

"Como o calendário já está sobrecarregado, com longas competições domésticas entre clubes e constante expansão de torneios internacionais, a decisão da Fifa cria um risco de acúmulo de datas, lesões de jogadores e distorção do equilíbrio competitivo", disse, em comunicado.

O rearranjo ocupará o vácuo deixado no calendário pelo fim da Copa das Confederações, que era disputada no período em que o novo Mundial será realizado: um ano antes da Copa do Mundo —a próxima realizada em 2026.

Ainda que a sede não esteja definida, é provável que siga o formato da antiga Copa das Confederações, servindo como um teste para a Copa do Mundo, um ano antes do evento, para os países que irão realizá-la. No caso de 2025, seriam México, EUA e Canadá.

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