A primeira partida do Santos após a morte de Pelé teve uma série de homenagens ao craque. O Rei do futebol foi reverenciado antes de a bola rolar e também durante o jogo da equipe alvinegra contra o Mirassol, na Vila Belmiro, pela primeira rodada do Campeonato Paulista.
Os momentos que antecederam o jogo tiveram os refletores do estádio apagados. O gramado foi iluminado com luzes que marcavam as linhas do campo onde o camisa 10 reinou. Luminosos no terreno formavam a imagem da tradicional comemoração com o soco no ar.
De um lado do campo, foi posicionada uma gigante foto de Pelé comemorando gol da seleção brasileira com Jairzinho, figura icônica. Do outro, o gênio vestia a camisa do Santos e acenava para torcedores no Maracanã.
No centro do gramado, havia um trono. Nele foi colocada por velhos companheiros, como Clodoaldo, uma grande coroa. Na arquibancada, torcedores exibiam faixas e bandeirões com as inscrições "Pelé eterno" e "viva o Rei".
Os atletas do Santos não atuaram com seus números tradicionais. Havia sempre uma conta cujo resultado era o número 10. Marcos Leonardo, por exemplo, não foi o camisa 9. Foi o "9+1". Zanocelo não foi o 2. Foi o "2x5".
Os patrocinadores no uniforme adotaram a cor branca, imperceptível a longa distância. Assim, o uniforme do time praiano lembrou aquele usado pelo Rei, todo branco. Das tribunas, a viúva Márcia Aoki acompanhou a partida, emocionada.
Aos dez minutos do primeiro tempo, o juiz Luiz Flávio de Oliveira parou a partida, para aplausos ao camisa 10. E, ao comemorar o primeiro gol do Santos, que saiu atrás, Marcos Leonardo socou o ar e colocou na testa uma faixa "Pelé eterno".
O Santos venceu de virada, no finalzinho, por 2 a 1. Lucas Braga, aos 50 minutos do segundo tempo, definiu o placar, uma vitória, como tantas conduzidas pelo Rei. Em outro jogo da jornada de abertura do Estadual, o Palmeiras empatou por 0 a 0 em casa com o São Bento.
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