Maior vencedor do Mundial, Guardiola completa lista de títulos no Manchester City

Triunfo no Mundial de Clubes faz do treinador campeão de tudo no clube inglês dos Emirados Árabes Unidos

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São Paulo

A tranquila vitória por 4 a 0 do Manchester City sobre o Fluminense, na sexta-feira (22), fez de Pep Guardiola o maior vencedor do Mundial de Clubes. O catalão tem agora quatro títulos da competição: dois pelo Barcelona (2009 e 2011), um pelo Bayern (2013) e um por sua atual equipe. Ficou para trás o italiano Carlo Ancelotti, campeão três vezes.

O treinador de 52 anos também pode dizer que ganhou tudo pelo time azul de Manchester. Contratado em 2016 para elevar a agremiação ao mais alto nível do futebol, ele tem cumprido a tarefa. Faltavam só as glórias internacionais, obtidas em 2023 na Liga dos Campeões, na Supercopa da Uefa e, por fim, no Mundial.

Guardiola levantou 16 troféus no City, campeão de cinco das últimas edições do Campeonato Inglês, amplamente reconhecido como o melhor certame nacional do planeta. Ele ergueu também a Copa da Inglaterra (duas vezes), a Copa da Liga Inglesa (quatro vezes) e a Supercopa da Inglaterra (duas vezes).

Pep celebra, medalha no peito, novo título mundial - Amr Abdallah Dalsh - 22.dez.23/Reuters

A sequência o levou a um total de 37 títulos em uma carreira relativamente curta, de 16 anos. Só Alex Ferguson, figura mítica do Manchester United, está à frente, com 49 conquistas, as primeiras delas na Escócia, no Saint Mirren e no Aberdeen. Crer que o escocês será ultrapassado não parece uma aposta insensata.

"Tenho a sensação de que fechamos um capítulo. Nós ganhamos todos os títulos, alguns em sequência. Não falta mais nada para vencer, está acabado", afirmou Pep, antes de tranquilizar os torcedores do City que interpretaram a frase como uma mensagem de despedida. "Agora é aproveitar o Natal, pegar outro caderno e começar a escrever novamente."

Ajuda nessa redação, é verdade, o dinheiro dos Emirados Árabes Unidos. O clube é desde 2008 propriedade do Abu Dhabi United Group, comandado pela monarquia do país. Na prática, o time é da família real, que despejou 2,27 bilhões de euros (R$ 12,16 bilhões, na cotação atual) até ver a esperada glória continental, com o título europeu deste ano.

Assim, mesmo com desfalques importantes, o City não teve dificuldade para triunfar sobre o campeão sul-americano na decisão do Mundial. Sem os titulares Kevin De Bruyne, Erling Haaland e Jérémy Doku, lesionados, a equipe impôs seu jogo baseado na troca de passes e na marcação pressionante no campo de ataque.

"A Europa é mais forte, pois tem um poder econômico que não tem a América do Sul. Todos os bons da América do Sul vão à Europa. Por isso, nós temos vantagem", afirmou o catalão, ciente da óbvia diferença entre os elencos finalistas. "Mas claro que eles podem ganhar também. Se o Fluminense tivesse saído na frente, teria sido um jogo duríssimo."

Não foi. O City abriu o placar aos 40 segundos, marcou o segundo gol ainda no primeiro tempo e teve tranquilidade para consolidar ampla vantagem na etapa final, em Jidá, na Arábia Saudita. O adversário teve breve bom momento, quando perdia por 1 a 0, porém não teve força para sustentar o duelo.

"A capacidade de associação que eles têm no espaço curto é impressionante e nos exigiu muito defensivamente. Felizmente, nossos jogadores estiveram muito bem", afirmou Guardiola, para quem o gol inicial foi chave. Nos instantes iniciais, Aké interceptou mau lançamento de Marcelo e bateu. Fábio chegou a espalmar a bola, que bateu na trave e se ofereceu a Julián Álvarez.

"Fizemos uma boa pressão, ganhamos a bola no começo e fizemos o gol cedo. Eles tiveram uns 12 ou 15 minutos fantásticos. A gente percebeu quão difícil seria, mas o segundo gol nos ajudou muito. Talvez eles não merecessem sofrer esse gol naquele momento. A partir dali, fomos muito melhores no segundo tempo."

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