Descrição de chapéu carro elétrico

Edição de 2024 da Fórmula E evolui, mas ainda comete erros, dizem fãs

Postos de água e segurança foram elogiados pelos fãs que acompanharam o evento no Sambódromo do Anhembi

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São Paulo

A Fórmula E, campeonato mundial de carros elétricos, promoveu neste sábado (16) a segunda edição do São Paulo EPrix, evento que corresponde à quarta etapa da temporada de 2024. Em meio aos tropeços de 2023, o evento desembarcou no Sambódromo do Anhembi com a missão de melhorar seus erros.

A vivência do fã, seja ele admirador do esporte ou um simples curioso, dá o tom do evento e direciona a organização em termos de planejamento para os anos subsequentes.

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Pilotos da Fórmula E durante a etapa de São Paulo da categoria, no Sambódromo do Anhembi - 16.mar.2024/LAT

Tal como em 2023, os fãs ficaram concentrados nas arquibancadas ao longo da reta principal. A maioria destas arquibancadas não possui cobertura, o que fez o público lidar diretamente com um calor de mais de 30ºC. Já prevendo o cenário de alta temperatura, a organização disponibilizou postos de água para os fãs.

"Na minha perspectiva, o evento ocupou melhor o espaço [em relação ao ano passado]. Achei que os ambientes estavam bem distribuídos", disse Henrique Passarello, 32, à Folha.

Na edição deste ano, estavam distribuídos logo atrás das arquibancadas food trucks, áreas de descanso, mesas, cadeiras, loja de produtos oficiais da Fórmula E e ativações dos patrocinadores do EPrix de São Paulo. O público ocupou esses espaços e, inclusive, permaneceu nele mesmo quando a corrida já havia terminado.

Kelvin Carvalho, 32, fã da categoria que esteve presente no ano passado, disse que sentiu falta de uma variedade mais ampla nas opções de alimentos para além de pizzas e hambúrgueres.

"Com relação ao ano passado, tiveram bastante melhorias, mas achei que teve uma menor variedade de coisas para comer, mais desorganização na hora dos shows", contou Carvalho.

Quando questionados sobre os preços dos produtos e alimentos vendidos na Fórmula E, Passarello e Carvalho afirmaram que eram semelhantes ao de um evento da Fórmula 1.

"[Em comparação com a Fórmula 1] os preços estavam bem equivalentes. O que eu achei bom é que tinham vários postos de água, coisa que na Fórmula 1 não tinha tanto. Aqui estava bem mais acessível a questão da água. A lojinha está mais barata que a da Fórmula 1, mas mesmo assim não deixou de ser caro", Carvalho.

Nas lojas oficiais da Fórmula E, o produto mais barato era uma agenda para organização, que custava em torno de R$ 200. Os itens mais caros da loja, casaco e colete da Porsche, custavam a partir de R$ 1,5 mil. Outros produtos, como blusas, bonés e garrafas estavam na faixa de R$ 300 a R$ 500.

As amigas Luciene Elias, 32, Thaisy Santos, 25, e Aline Silva, 24, destacaram a segurança do evento. Elas disseram que não foram importunadas ou viram casos de assédio no EPrix de São Paulo neste ano.

"Eu acho que o ambiente na Fórmula 1 é mais agressivo [para as mulheres] de certa forma. Aqui eu vejo várias pessoas que vem para curtir o evento que não tem uma cultura tão histórica [como a Fórmula 1]. [O pessoal] vem para conhecer e eu acho que esse público acaba sendo mais aberto", disse Santos. "Tem mais homens que mulheres, mas não passei por nenhuma experiência desconfortável aqui", completou.

Entre as melhorias para os próximos anos, os entrevistados apontaram a comunicação entre a Fórmula E e a organização do sambódromo. Os ruídos na comunicação provocaram filas nas entradas e a transmissão de informações erradas ao público.

Em uma entrevista coletiva na sexta-feira (15), o CEO da Fórmula E, Jeff Dodds, e o cofundador da categoria, Alberto Longo, afirmaram que o EPrix de São Paulo ainda está se desenvolvendo e que demora cerca de três edições para o evento "se colocar nos trilhos".

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