Descrição de chapéu paralimpíadas

Maratonista lamenta perda de medalha paralímpica por auxílio a seu guia

Espanhola soltou brevemente corda para ajudar companheiro com cãibras

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The New York Times

A corredora espanhola Elena Congost perdeu uma medalha de bronze na maratona dos Jogos Paralímpicos por ter ajudado seu guia no finalzinho da prova. Ela precisou soltar brevemente a corda que a unia ao companheiro –que perdeu o equilíbrio enquanto sofria cãibras–, uma violação das regras.

Atletas cegos e com deficiência visual correm com um guia, uma pessoa que os mantém no caminho certo. O corredor e o guia devem, a todo momento, estar unidos por uma corda curta, com um laço em cada extremidade.

Cerca de 10 metros antes da linha de chegada, após três horas de corrida, Congost estava a caminho do terceiro lugar quando seu guia, Mia Carol Bruguera, que estava sofrendo de cãibras, tropeçou. Congost foi ajudar a estabilizá-lo, soltando brevemente a corda no processo.

Eles rapidamente se estabilizaram e cruzaram a linha, mais de três minutos à frente do quarto colocado, mas a soltura da corda levou à desqualificação.

Elena Congost é consolada pelo guia Mia Carol Bruguera - Jennifer Lorenzini/Reuters

Duas atletas de Marrocos terminaram nos dois primeiros lugares, com Fatima Ezzahra El Idrissi em primeiro e Meryem En-Nourhi sem segundo. Após a desqualificação de Congost, o bronze ficou com Misato Michishita, do Japão.

"Gostaria que todos soubessem que não fui desqualificada por trapacear, mas fui desqualificada por ser humana e por um instinto que vem a você quando alguém está caindo, para ajudá-lo, apoiá-lo", disse Congost ao jornal Marca.

"Estou arrasada, para ser honesta, porque eu tinha a medalha. Estou superorgulhosa de tudo o que fiz. No final, eles me desqualificam porque a 10 metros da linha de chegada eu soltei a corda por um segundo. E, como eu soltei, é isso, não tem volta."

Congost estava competindo na categoria T12 nas Paralimpíadas. T11 é para atletas com cegueira quase total. Os atletas T12 têm menos deficiência, e os T13 têm a menor deficiência.

Ela ganhou a medalha de ouro na maratona T12 no Rio de Janeiro, em 2016. Ela, então, deixou as competições e teve quatro filhos, que agora têm entre um e seis anos.

Elena e Mia tentaram sorrir após o baque da desqulificação - Jennifer Lorenzini/Reuters

Em um incidente separado, um lançador de dardo do Irã teve sua medalha de ouro retirada no sábado após duas violações: fazer um gesto de cortar a garganta e depois exibir uma bandeira preta com letras vermelhas que foi considerada uma declaração política.

Autoridades iranianas argumentaram que o gesto do atleta, Sadegh Beit Sayah, era celebratório, e que a bandeira era uma homenagem a Umm al-Banin, uma figura importante no islã xiita.

"Desfraldar a bandeira foi um sinal de respeito e devoção, não foi para promover qualquer agenda política", disse Beit Sayah ao site Inside the Games.

A competição era na categoria F41, para atletas de baixa estatura. Navdeep Singh, da Índia, herdou a medalha de ouro.

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