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16/06/2005
-
19h49
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O ex-agente do SNI (Serviço Nacional de Informações), José Fortuna Neves, ao depor na Polícia Federal na tarde desta quinta-feira, pode ter dado o último impulso para a saída de José Dirceu da Casa Civil. Fortuna afirmou que a pasta estaria por trás das gravações que flagraram a cobrança de propina nos Correios.
Segundo seu advogado, Reginaldo Bacci, em seu depoimento, Fortuna disse à PF que entre o fim de 2004 e o início de 2005 foi procurado por um ex-colega de SNI, Edgar Lange, que atualmente trabalha na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) com um pedido para que grampeasse os Correios.
Conhecido como Alemão, o agente da Abin teria dito a Fortuna que estava coletando informações sobre a empresa Unisys, pois haveria uma ordem da Casa Civil para retirar a empresa dos contratos com o Ministério da Previdência e os Correios.
"O alemão disse que a gravação foi feita a pedido da Casa Civil. Seria do interesse da Casa Civil", afirmou Bacci, sobre o depoimento de seu cliente.
"Alemão falou que estava fazendo levantamentos a respeito de tal empresa, pois havia uma determinação do Gabinete Civil da Presidência da República de retirar a Unisys dos contratos com o governo, na Previdência e nos Correios", disse Fortuna no depoimento, de acordo com Bacci.
Segundo o delegado Luiz Flavio Zampronha, Edgard Lange pode ser chamado novamente para depor. Durante a investigação, a polícia levantou o nome do agente citado por Fortuna, mas o delegado descartou envolvimento da Abin no caso.
Em seu depoimento, Fortuna disse ainda que o ex-colega de SNI o questionou sobre a Unisys. Ele teria respondido que a empresa "tinha um contrato grande na ECT relacionado ao Tapi (Terminal de Acesso Público à Internet)."
Ainda de acordo com o depoente, o contrato estava parado devido a problemas em seu desenvolvimento. Fortuna informou ainda que Alemão disse ter encaminhado um documento interno para a direção da Abin.
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Depoimento de Fortuna na PF pode ter ajudado na saída de Dirceu
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da Folha Online, em Brasília
O ex-agente do SNI (Serviço Nacional de Informações), José Fortuna Neves, ao depor na Polícia Federal na tarde desta quinta-feira, pode ter dado o último impulso para a saída de José Dirceu da Casa Civil. Fortuna afirmou que a pasta estaria por trás das gravações que flagraram a cobrança de propina nos Correios.
Segundo seu advogado, Reginaldo Bacci, em seu depoimento, Fortuna disse à PF que entre o fim de 2004 e o início de 2005 foi procurado por um ex-colega de SNI, Edgar Lange, que atualmente trabalha na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) com um pedido para que grampeasse os Correios.
Conhecido como Alemão, o agente da Abin teria dito a Fortuna que estava coletando informações sobre a empresa Unisys, pois haveria uma ordem da Casa Civil para retirar a empresa dos contratos com o Ministério da Previdência e os Correios.
"O alemão disse que a gravação foi feita a pedido da Casa Civil. Seria do interesse da Casa Civil", afirmou Bacci, sobre o depoimento de seu cliente.
"Alemão falou que estava fazendo levantamentos a respeito de tal empresa, pois havia uma determinação do Gabinete Civil da Presidência da República de retirar a Unisys dos contratos com o governo, na Previdência e nos Correios", disse Fortuna no depoimento, de acordo com Bacci.
Segundo o delegado Luiz Flavio Zampronha, Edgard Lange pode ser chamado novamente para depor. Durante a investigação, a polícia levantou o nome do agente citado por Fortuna, mas o delegado descartou envolvimento da Abin no caso.
Em seu depoimento, Fortuna disse ainda que o ex-colega de SNI o questionou sobre a Unisys. Ele teria respondido que a empresa "tinha um contrato grande na ECT relacionado ao Tapi (Terminal de Acesso Público à Internet)."
Ainda de acordo com o depoente, o contrato estava parado devido a problemas em seu desenvolvimento. Fortuna informou ainda que Alemão disse ter encaminhado um documento interno para a direção da Abin.
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