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12/08/2005
-
09h08
FERNANDO CANZIAN
da Folha de S.Paulo
Para 63% dos brasileiros, não há motivos suficientes para que o Congresso Nacional abra um processo de impeachment contra o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Porém um percentual expressivo, cerca de um terço da população (29%), já acha que o Congresso deveria inaugurar uma ação que culminasse com o afastamento de Lula da Presidência.
Pesquisa Datafolha realizada na quarta-feira em todo o país também revela que 73% dos brasileiros não acreditam que Lula acabará afastado do cargo por causa das denúncias de corrupção em seus governo e partido, o PT.
Para 17% dos entrevistados, o presidente não conseguirá terminar o seu mandato.
A pesquisa --conduzida no dia 10 de agosto entre 2.551 pessoas em 127 municípios de todo o país-- foi realizada antes do depoimento de ontem do publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha de Lula em 2002 e pela publicidade institucional da Presidência da República.
À CPI dos Correios, Duda confessou ter recebido dinheiro de caixa dois e que alguns repasses da SMPB, empresa do publicitário mineiro Marcos Valério de Souza, vinham de contas abertas no exterior.
As revelações de Duda fizeram subir o tom crítico da oposição em relação a Lula no Congresso.
Segundo a pesquisa, no entanto, uma expressiva maioria de 64% acha que o presidente deve continuar ocupando a Presidência enquanto as denúncias de corrupção contra seu governo estiverem sendo investigadas.
Para 15%, Lula deveria renunciar --mesmo percentual dos que acham que ele deveria se afastar temporariamente do cargo enquanto todas as denúncias contra seu governo são apuradas.
Hoje, 83% dos brasileiros consultados acreditam na existência de corrupção no governo do petista. Essa taxa, que vem crescendo a cada pesquisa desde junho --quando veio a público o escândalo do suposto "mensalão" pago a parlamentares da base aliada--, era de 78% há 20 dias.
Em maio de 2002, no último ano da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, 69% dos entrevistados afirmavam existir corrupção no governo do tucano.
A diferença entre Lula e FHC neste quesito é hoje de 14 pontos percentuais. No caso do petista, a percepção de que há corrupção em seu governo aumentou 18 pontos percentuais do início de junho até agora.
Em relação a março do ano passado, quando apenas 32% viam corrupção no governo Lula, a diferença com o percentual atual é de 51 pontos.
A percepção sobre a responsabilidade de Lula nos casos de corrupção, no entanto, não se alterou significativamente: 29% acham que Lula tem muita responsabilidade, taxa que oscilou dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos, em relação a levantamento anterior.
Avaliação do Congresso
O Congresso, que eventualmente poderia conduzir um processo de impeachment de Lula, continuou recebendo, segundo a pesquisa, a pior avaliação desde o chamado escândalo do Orçamento, que se tornou público em 1993.
Para 48% dos entrevistados para a pesquisa, o desempenho dos deputados e senadores vem sendo ruim ou péssimo. Em novembro de 1993, 56% dos brasileiros avaliavam dessa maneira seus congressistas.
Para 35%, os deputados e senadores que hoje ocupam o Congresso têm um desempenho regular. Apenas 12% os vêem como sendo ótimos ou bons.
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63% descartam, mas 29% defendem o impeachment
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da Folha de S.Paulo
Para 63% dos brasileiros, não há motivos suficientes para que o Congresso Nacional abra um processo de impeachment contra o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Porém um percentual expressivo, cerca de um terço da população (29%), já acha que o Congresso deveria inaugurar uma ação que culminasse com o afastamento de Lula da Presidência.
Pesquisa Datafolha realizada na quarta-feira em todo o país também revela que 73% dos brasileiros não acreditam que Lula acabará afastado do cargo por causa das denúncias de corrupção em seus governo e partido, o PT.
Para 17% dos entrevistados, o presidente não conseguirá terminar o seu mandato.
A pesquisa --conduzida no dia 10 de agosto entre 2.551 pessoas em 127 municípios de todo o país-- foi realizada antes do depoimento de ontem do publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha de Lula em 2002 e pela publicidade institucional da Presidência da República.
À CPI dos Correios, Duda confessou ter recebido dinheiro de caixa dois e que alguns repasses da SMPB, empresa do publicitário mineiro Marcos Valério de Souza, vinham de contas abertas no exterior.
As revelações de Duda fizeram subir o tom crítico da oposição em relação a Lula no Congresso.
Segundo a pesquisa, no entanto, uma expressiva maioria de 64% acha que o presidente deve continuar ocupando a Presidência enquanto as denúncias de corrupção contra seu governo estiverem sendo investigadas.
Para 15%, Lula deveria renunciar --mesmo percentual dos que acham que ele deveria se afastar temporariamente do cargo enquanto todas as denúncias contra seu governo são apuradas.
Hoje, 83% dos brasileiros consultados acreditam na existência de corrupção no governo do petista. Essa taxa, que vem crescendo a cada pesquisa desde junho --quando veio a público o escândalo do suposto "mensalão" pago a parlamentares da base aliada--, era de 78% há 20 dias.
Em maio de 2002, no último ano da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, 69% dos entrevistados afirmavam existir corrupção no governo do tucano.
A diferença entre Lula e FHC neste quesito é hoje de 14 pontos percentuais. No caso do petista, a percepção de que há corrupção em seu governo aumentou 18 pontos percentuais do início de junho até agora.
Em relação a março do ano passado, quando apenas 32% viam corrupção no governo Lula, a diferença com o percentual atual é de 51 pontos.
A percepção sobre a responsabilidade de Lula nos casos de corrupção, no entanto, não se alterou significativamente: 29% acham que Lula tem muita responsabilidade, taxa que oscilou dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos, em relação a levantamento anterior.
Avaliação do Congresso
O Congresso, que eventualmente poderia conduzir um processo de impeachment de Lula, continuou recebendo, segundo a pesquisa, a pior avaliação desde o chamado escândalo do Orçamento, que se tornou público em 1993.
Para 48% dos entrevistados para a pesquisa, o desempenho dos deputados e senadores vem sendo ruim ou péssimo. Em novembro de 1993, 56% dos brasileiros avaliavam dessa maneira seus congressistas.
Para 35%, os deputados e senadores que hoje ocupam o Congresso têm um desempenho regular. Apenas 12% os vêem como sendo ótimos ou bons.
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